sábado, 14 de novembro de 2009

PROVA OU PROPAGANDA?

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a crise financeira mundial era um tsunami no exterior, mas, no Brasil, seria uma ‘’marolinha’’, vários veículos da mídia criticaram a fala presidencial. Agora é a imprensa internacional que lembra e confirma a previsão de Lula.
Considerando a realidade atual da economia, no exterior e no Brasil, é correto afirmar que houve, por parte dos críticos:
A) atitude preconceituosa
B) irresponsabilidade
C) livre exercício da crítica
D) manipulação política da mídia
E) prejulgamento

Resposta: A

Comentário: A questão acima fez parte da prova do ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) para os alunos do curso de jornalismo, realizada no último domingo, dia 8 de novembro. O que mais causa estranheza nessa questão é a resposta considerada certa que, no meu entender, é a C, no entanto, a resposta considerada correta é a A, deixando clara a condenação do governo a críticas feitas pela imprensa. Utilizar uma prova dessa magnitude para fazer propaganda governamental e pregar uma ideologia autoritária e antidemocrática é simplesmente inaceitável e demonstra que a democracia que o atual governo pratica é só de fachada. Prova não é panfleto. Pelo menos não deveria ser.
(Jaime Leitão)

PROPOSTAS TEMÁTICAS:

1-Dissertação: Até que ponto a prova do ENADE representa uma avaliação séria do desempenho dos alunos nas universidades?

2-Narração: O narrador-personagem conta como foi discriminado por colegas cujas famílias recebem o Bolsa-Família por expor o seu ponto de vista crítico em relação ao governo.

3-Carta ao Ministro da Educação Fernando Haddad criticando-o pela afirmação de que ninguém no ministério da educação teve acesso à prova do ENADE, já que foi elaborada por uma empresa contratada para isso.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O BLECAUTE

Eu estava aqui no computador quando a luz passou a oscilar sem parar. Minha primeira preocupação: vai queimar o computador. Fui correndo pegar a lanterna, e por sorte, achei-a sem precisar tatear demais. Liguei para a minha prima em Campinas e lá também as luzes estavam apagadas.
Meia hora depois, quando as luzes voltaram, fiquei feliz porque o computador estava inteiro, funcionando. Se não estivesse, não poderia estar aqui escrevendo esta pequena crônica.
Apagou de novo. Não acredito. E desta vez ficamos quase seis horas na escuridão.
A notícia é que o apagão aconteceu em vários estados por causa de um defeito na Usina de Itaipu. Conclusão: sem luz e sem computador, nos sentimos literalmente no escuro. Em outros tempos, o impacto seria bem menor. Quase todas as casas possuíam um maço de velas ao alcance de todos. O risco de apagão hoje é bem maior porque vem aumentando o consumo várias vezes mais do que o investimento em energia.
Deveríamos ficar pelo menos meia hora por dia em um quarto escuro para nos acostumarmos com os próximos apagões que provavelmente virão.
(Jaime Leitão)

Propostas temáticas:

1-Disssertação: Apagão: causas e efeitos.

2-Narração: O narrador-personagem conta como foi passar mais de uma hora no escuro no centro de São Paulo durante o apagão.

3-Carta endereçada ao presidente da república pedindo que ele invista mais em formas de energia alternativas, mais baratas do que a gerada pela gerada pelas hidrelétricas, ou reforce as linhas de transmissão para evitar novos apagões tão longos.

4-Carta ao ministro da Justiça Tarso Genro criticando a sua afirmação de que o apagão foi um microincidente, sem maior importância.