sexta-feira, 23 de julho de 2010

O BURACO NEGRO


Produção britânica.
Direção: Phil & Olly
Fonte: www.futureshorts.com

Propostas temáticas:

1-A partir do vídeo acima, escreva uma dissertação que tenha como tema: Ambição sem limites.

2-Narração fantástica que mostre o protagonista enredado em um buraco negro que surgiu de repente na parede do seu quarto.

3-Carta argumentativa de um ambicioso compulsivo criticando a falta de ambição de um amigo ou namorada.

4-Carta argumentativa de uma pessoa sem maiores ambições criticando um amigo ou namorada por usar todos os meios, lícitos e ilícitos, para conquistar o que quer.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O VIRTUAL EM CONTRAPOSIÇÃO AO REAL

OPINIÃO

Tente beijar mais e tuitar menos
BOB HERBERT
COLUNISTA DO "NEW YORK TIMES"

Eu estava indo de Washington para Nova York quando um carro colou atrás de mim -voando. Eu vi pelo retrovisor que a motorista falava no celular. Dias depois, eu conversava com um cara que costuma ir de Nova York a Nova Jersey. Ele apoia seu laptop na frente do carro para assistir DVDs enquanto dirige. "Eu só faço isso no trânsito. Não tem problema", diz.
Além das questões óbvias de segurança, por que alguém quer ou precisa falar ao telefone ou assistir a filmes enquanto dirige? Odeio soar como se fosse do século passado, mas qual o problema em só ouvir rádio? As maravilhas da tecnologia estão nos engolindo. Não as controlamos; elas nos controlam.
Nós temos celulares, Blackberrys, Kindles e iPads, e estamos mandando e-mails e mensagens de textos, batendo papo e tuitando. Tudo isso é parte do que eu acho ser um dos aspectos mais esquisitos da nossa cultura: o ritmo frenético que exige que façamos, no mínimo, duas ou três coisas a todo momento desde que acordamos. Por que ser multifuncional é considerado um talento?
Poderíamos facilmente achar que isso é uma inabilidade neurótica que nos impede de nos concentrarmos por mais de três segundos. Chega desse comportamento hiperativo, dessa tecnotirania e desse ritmo frenético que não para. Precisamos desacelerar e respirar. Não me oponho aos excepcionais avanços dos últimos anos. Não quero voltar para a máquina de escrever e ao papel carbono. Só acho que deveríamos tratar a tecnologia como qualquer outra ferramenta. Deveríamos controlá-la, moldando-a aos nossos propósitos.
Vamos deixar um pouco de lado nossos gadgets e passar o tempo sendo nós mesmos. Um dos problemas da nossa sociedade é que temos uma tendência, em meio a toda loucura que nos cerca, de perder de vista o que é verdadeiramente humano em nós -aquelas coisas bem especiais, a maior parte não material, que nos preenchem, dão sentido às nossas vidas, nos engrandecem e que nos permitem abraçar mais facilmente aqueles a nossa volta.
Há um personagem em uma peça de August Wilson que diz que todo mundo tem uma canção dentro de si e que você corre risco de perder essa canção. Se você perde o contato e esquece como cantá-la, você está sujeito a ficar frustrado e insatisfeito.
Não acho que ficamos em contato com nossas canções ao tuitar ou digitar mensagens em nossos Blackberrys ou acumular amigos no Facebook. Precisamos reduzir os limites de velocidade de nossas vidas e saborear a viagem. Deixe o celular em casa de vez em quando. Tente beijar mais e tuitar menos. E pare de falar tanto. Ouça.
As outras pessoas também têm o que dizer. Quando elas não dizem, aquele silêncio glorioso dirá mais do que você jamais imaginou. Isso é quando você começará a ouvir a sua canção. Isso é quando os seus melhores pensamentos aparecerão, e você realmente será você.
Fone: Folha de São Paulo- Suplemento TEC-19-07-2010

Propostas temáticas;

1-Dissertação: Tuitar mais ou menos?
2-Crônica que tenha como título: Tuitar e beijar é só começar.
3-Narração: O narrador-personagem conta da sua experiência desagradável de ter se viciado no Twitter.

terça-feira, 13 de julho de 2010

QUEM SÃO OS BONECOS?


Fonte: charge de Jean, Folha de São Paulo 13-7-2010

QUEM SÃO OS BONECOS?
JAIME LEITÃO

O PT está confeccionando milhares de bonecos representando o Lula. É o Lulinha. Cada um será vendido a R$ 5 e servirá para ajudar a custear a campanha de Dilma. Haja boneco!
Aqui cai bem uma pergunta: se a candidata é a Dilma, por que estão lançando o boneco do Lula? Isso porque boneco do Lula vende, o da Dilma corre o risco de encalhar. E fica feio para uma candidata ter o boneco que a representa rejeitado.
Os apoiadores da campanha da Marina Silva não ficam atrás. Estão começando a confeccionar bonecos menores da Marina, uma espécie de broche, que também serão vendidos, a Marininha.
Só falta a aparecer o Serrinha. Quem compraria o Serrinha? Pra falar a verdade, eu não compraria nem o Lulinha nem a Marininha nem o Serrinha. Querem nos vender bonecos ou querem nos fazer de bonecos, de fantoches, desfilando por aí com objetos representando os candidatos? Oferecer brindes: canetas, chaveiros, bonés não pode, o que está certo. Há quem vote em candidato porque ganhou caneta, dentadura ou alguns tijolos. É imoral tanto o candidato que oferece quanto o eleitor que aceita. Vender pode?
Queremos idéias, propostas concretas, chega de circo. Logo irão nos vender outros produtos, transformando a campanha numa grande feira, em um mercado de objetos para ajudar a sustentar campanhas milionárias. Copos, xícaras, chaveiros, agendas, e muito mais.
Quando leio notícias dessa natureza, eu me pergunto: -O que ainda veremos nos próximos meses? Não somos bonecos que aceitam tudo sem contestar ou reagir.
Os que se movimentam em torno do poder são pródigos em propor formas de envolver, de convencer o eleitor . E um copia o outro. Quando teremos candidatos que digam para os seus marqueteiros e assessores: -Quero uma campanha séria, coerente, sem apelar para bonecos e uma série de produtos que tiram de uma eleição majoritária o foco da discussão que deveria estar voltado para questões fundamentais. Algumas são :-como administrar o Brasil nos próximos quatro anos diminuindo a dívida pública, enorme, e o tamanho da máquina estatal, também gigantesca? ; como promover uma educação que forme cidadãos mais críticos e profissionais mais qualificados? ; como diminuir os impostos para melhorar a vida de microempresários e da população em geral, que estão sempre enforcados pelos tributos absurdos que pagam?
Queremos menos bonecos e mais seriedade, menos circo e uma administração transformadora de fato. Quando um candidato copia o outro, é sinal que nenhum quer mudar nada. E isso é péssimo.
A falta de imaginação no poder dá uma tese. Será que já não existe? Se não existir, proponho a um mestre em sociologia e política, pensando em ingressar no doutorado, que desenvolva uma tese que tenha como tema: “A falta de criatividade na política” ou “A capacidade que os políticos têm de copiar as velhas fórmulas e as velhas práticas.”

Propostas temáticas:

1-Disssertação a partir da charge e do artigo, que tenha como tema: Quem são os bonecos e os palhaços?

2-Narração: Um boneco retirado do imaginário infantil (Pinóquio, Soldadinho de Chumbo, Peter Pan, etc) revolta-se com a invenção de "bonecos políticos) e resolve decretar uma guerra contra eles, convocando os bonecos que ele considera autênticos para participar desse combate.

3-Crônica: Política é circo?

sexta-feira, 9 de julho de 2010

O CANDIDATO FICHA-SUJA E O CANDIDATO FICHA-LIMPA

Propostas temáticas

1-Imagine que você é um candidato ficha-suja. Dê um nome ficcional para esse personagem. Escreva um texto argumentativo em que o candidato ficcha-suja tenta convencer o eleitor a votar nele, apesar do seu passado condenável.

2-Você é um candidato ficha-limpa, que acredita que a melhor maneira de conquistar o voto do eleitor é com honestidade e transparência. Escreva uma texto argumentativo defendendo a política limpa, honesta e pedindo o voto do eleitor consciente.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

LEIA E DESCREVA O AMBIENTE EM QUE VOCÊ ESTÁ AGORA

Onde você está agora?Na sala, no quarto, em uma lan house? Utilizando os seus cinco sentidos e a subjetividade, faça um a leitura do lugar em que você se encontra e descreva o ambiente. Escreva uma crônica em que a descrição esteja em primeiro plano.

EXERCÍCIOS DE DISPARADA VERBAL

Sem pensar muito, escreva o que lhe vier à cabeça, a partir dos inícios abaixo. Procure se soltar o máximo possível.

1-Quando o juiz apitou a vitória da Holanda sobre o Brasil, que nos tirou da Copa...

2-A minha ansiedade é capaz de...

3-Entrei na sala sem avisar e dei de cara...

4-O medo que eu senti naquele momento...

5-Olhei para o espelho e percebi...

terça-feira, 6 de julho de 2010

O TÉDIO, ESSE GRANDE INIMIGO


Tela de Eugène Fromentin, pintor e escritor francês. (1820-1876)

"Sabes qual é a minha preocupação maior? É matar o tédio. Quem prestasse este serviço à humanidade seria o verdadeiro destruidor de monstros."

Propostas temáticas:

Com base na frase de Eugène Fromentin, escreva:

1-Uma narração em que o conflito gira em torno da vida de uma mulher que tem todo o conforto, mas que aos poucos vai sendo devorada pelo tédio.

2-Dissertação: O tédio, esse inimigo mortal.

3-Carta de um homem entediado a um amigo que vive de maneira leve e descontraída, feliz a maior parte do tempo.

4-Crônica que tenha como título: Receita para combater o tédio.

5-Poema sobre o tédio.

6-Texto descritivo com base na tela de Eugène Fromentin

LEITURA DE DUAS FRASES DE FOUCAULT





"De homem a homem verdadeiro, o caminho passa pelo homem louco."


"Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo."

Michel Foucault

Propostas temáticas:

1-Dissertação relacionando as duas frases do filósofo francês Michel Foucault.

2-Dissertação: Se não houver um pouco de loucura, não haverá arte.

3-Crônica: A normalidade dá sono.

4-Dissertação: Quem não muda permanece estátua.

LEITURAS DA FRASE DE THEODOR ADORNO




"O humano estabelece-se na imitação: um homem torna-se um homem apenas imitando outros homens."

Theodore Adorno (1903-1969)

A frase do filósofo alemão Theodor Adorno sugere várias leituras.

Propostas temáticas:

1-Dissertação: O ser humano não passa de um imitador?

2-Crônica: Imitar é uma arte?

3-Dissertação: O mundo está cheio de clones e covers. Os originais são poucos.

4-Poema que tenha como título: Imitação ou criação?

5-Dissertação: Plagiar é diferente de imitar?

UMA FRASE DE WALTER BENJAMIN QUE PERMITE VÁRIAS LEITURAS



"Deus é quem nutre todos os homens, e o Estado é quem os reduz à fome."
Walter Benjamim (1892-1940)

A frase acima do filósofo alemão Walter Benjamin remete a várias leituras e temas.

Propostas temáticas:
1-Dissertação: Os governos, independente da ideologia, costumam reduzir grande parte da sua população à miséria.
2-Dissertação: Crer em Deus não significa necessariamente seguir uma religião.
3-Carta: Supondo que você está na década de 1930 , e leu a frase de Walter Benjamim, não concordando parcial ou integralmente com ela, resolveu escrever-lhe uma carta argumentativa questionando as suas colocações.
4-Crônica: O Estado está mais para paizão supridor ou para carrasco?
5-Dissertação: Governos de direita e esquerda como fomentadores de justiça ou produtores de miséria.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

A IMAGEM FALA

A companhia aérea irlandesa Ryanair solicitou a Boeing um estudo para retirar algumas poltronas de suas aeronaves, trocando-as por lugares em pé, que custariam bem mais barato. Esses passageiros voariam em pé, com direito à cinto de segurança. Propostas temáticas:
1- Crônica a partir da imagem acima.
2-Dissertação: Cada vez o que conta mais para as companhias aéreas é o lucro. O conforto do passageiro é o que menos importa.
3-Narração em que o narrador-personagem conta a sua experiência de voar por uma companhia aérea em pé.

A FOTO FALA


A foto acima, em que aparecem os dois candidatos a presidência, Dilma Rousseff e José Serra, lado a lado, pode gerar leituras e interpretações.

Propostas temáticas:
1-Texto argumentativo analisando as expressões de ambos na foto acima.
2-Suposto diálogo entre os dois candidatos.
3-Texto argumentativo: O Brasil, a partir de 2011, caso Serra seja eleito.
4-Texto argumentativo: O Brasil, a partir de 2011, caso Dilma seja eleita.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O DINOSSAURO DA BUROCRACIA

Custos da burocracia
Estudo da Fiesp quantifica os prejuízos calamitosos causados ao país por excesso de normas tributárias e velhos entraves cartoriais

Manicômio tributário: a expressão, utilizada por um especialista em direito administrativo, não soa exagerada para caracterizar um país em que convivem 63 tributos diferentes, regidos por um conjunto de normas que, nos últimos 20 anos, tem sofrido a média de 34 alterações por dia.
"O que acaba ocorrendo", diz o professor Carlos Ari Sundfeld, da Fundação Getúlio Vargas, "é um parasitismo nosso, dos advogados, para se aproveitar dessa confusão". O parasitismo, para utilizar o mesmo termo, replica-se na própria estrutura do poder público, criando camadas e mais camadas de funcionários encarregados de zelar pela observância -ou de facilitar a desconsideração- das regras que produzem sem cessar.
A dimensão dos custos com burocracia no Brasil foi quantificada em recente estudo da Fiesp. São R$ 46,3 bilhões por ano, mais do que todos os gastos com saneamento básico previstos no PAC 2 para os próximos quatro anos.
Num cálculo mais dramático, pode-se dizer que o prejuízo anual devido à fúria dos regulamentos públicos é aproximadamente mil vezes maior do que o total dos gastos emergenciais provocados pela recente calamidade das enchentes no Nordeste.
Desses R$ 46,3 bilhões, quase a metade (R$ 20 bilhões) corresponde ao que se perde com o tsunami tributário. Mas o pesadelo se estende, como é notório, para as incontáveis autorizações, alvarás, processos e impedimentos que, do mero registro de uma empresa familiar até fabulosas obras governamentais, emperram qualquer iniciativa econômica e colocam o Brasil entre os países mais burocráticos do mundo.
Segundo o Banco Mundial, a terra do "jeitinho" e dos bacharéis está na 129ª posição, entre os 183 países pesquisados.
Não se trata apenas da herança cultural ibérica, ou de alguma cisão entre a mentalidade, digamos, latina e a tradição anglo-saxônica. Portugal e Itália, apesar do folclore que possa cercá-los, situam-se em muito melhor colocação nesse levantamento.
Outras circunstâncias, como o desdobramento administrativo nas esferas municipal, estadual e federal, ou a própria importância do investimento estatal na economia do país, contribuem para solidificar tal situação.
O mais perverso é que todo mecanismo burocrático, de qualquer modo, sempre aparenta ter alguma razão para existir; no mínimo, destina-se a sobrepor um novo controle sobre a ineficiência dos que o precediam.
Grandes doses de ousadia, portanto, e mesmo de voluntarismo, seriam necessárias para que alguma liderança política decidisse adotar uma agenda transformadora nessa questão.
Por diferentes motivos, o perfil dos principais candidatos à Presidência não parece corresponder a esse desafio -o que torna ainda mais oportuno o estudo da Fiesp agora divulgado.
Tanto a reforma tributária quanto uma reforma ainda maior do próprio Estado dependem de esforços de mobilização e pressão que não dizem respeito apenas às entidades empresariais, mas aos interesses de toda a população.
Fonte: Folha de Sâo Paulo-3-7-2010

Propostas temáticas:
1-Dissertação que tenha como título: O manicômio tributário chamado Brasil.

2-Narração: Os personagens se veem devorados (metaforicamente ou não) por uma montanha de papéis e carimbos. Pode ser uma narrativa fantástica.

3-Carta argumentativa ao prof. Carlos Ari Sundfeld,colocando a ele a necessidade de combater a burocracia no Brasil, com atitudes práticas e urgentes.