Revista Viverde
Data: 15/4/2009
Alemanha diz NÃO ao milho geneticamente modificado
Bruxelas (Bélgica) — País é o sexto da Europa a banir o cultivo da variedade. Ministra da Agricultura afirma que MON810 é - ameaça à natureza-.
Uma ameaça à natureza. Foi assim que a ministra da Agricultura da Alemanha, Ilse Aigner, justificou nesta terça-feira (14/4) a decisão de banir do país o milho transgênico MON810, da Monsanto. A ministra enfatizou que a decisão é científica, não política. A Alemanha é o sexto país da União Européia a banir o cultivo dessa variedade de milho geneticamente modificado, única atualmente cultivada comercialmente na região, principalmente para ração animal.
Além da Alemanha, cinco outros países europeus baniram o plantio desse milho da Monsanto: França, Grécia, Áustria, Hungria e Luxemburgo.
Enquanto a Europa fecha suas portas ao milho da Monsanto, baseando-se em dados científicos, o Brasil ignora os riscos cada vez mais evidentes. Em fevereiro de 2009, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou o milho MON810, apesar da farta documentação apresentada que revelam os riscos que essa variedade representa ao meio ambiente e à saúde das pessoas.
- Todo governo que examinar seriamente os riscos ambientais associados com o plantio do milho MON810 chegará à mesma conclusão. Em vez de tentar forçar países a levantar as proibições impostas, a Comissão Européia deveria enfrentar a realidade dos fatos científicos e não conceder novas autorizações para o milho transgênico da Monsanto - afirmou Márta Vetier, da campanha de transgênicos do Greenpeace na União Européia.
- Isso é uma clara tendência na Europa, a Alemanha é o sexto país a banir transgênicos. Lá, a resistência dos consumidores é um grande fator de infuência, enquanto aqui, a maioria ainda está distante deste debate - afirma Rafael Cruz, coordenador da campanha de transgênicos do Greenpeace Brasil.
MERENDA
No último dia 18 de março, o vereador João Alfredo Telles (PSOL), de Fortaleza, apresentou projeto de lei que determina prioridade aos produtos orgânicos na compra de alimentos para a merenda escolar das crianças da rede municipal de ensino da capital cearense. O projeto está sendo agora avaliado pela Comissão de Legislação, Justiça e Cidadania da Câmara de Vereadores de Fortaleza.
Segundo o vereador, o projeto -segue uma diretriz da agricultura orgânica, que é o desenvolvimento local, social e econômico sustentáveis - Além de Fortaleza, Porto Alegre já conta com um projeto que proíbe transgênicos na merenda escolar municipal tramitando em sua Câmara Municipal, apresentado pelo vereador e ex-secretário de Meio Ambiente do município, Beto Moesch.
O projeto do vereador João Alfredo é um enorme passo para a saúde das crianças de Fortaleza e para a proteção do meio ambiente, e surge em meio à importante discussão sobre a segurança alimentar dos transgênicos", afirma Rafael Cruz.
A proposta, porém, encontrará desafios, principalmente no que diz respeito à identificação dos alimentos transgênicos. O projeto de lei prevê que - a administração pública municipal de Fortaleza regulamentará o levantamento dos produtos transgênicos então utilizados e o prazo para a sua substituição - por produtos orgânicos. O problema é que a rotulagem de alimentos transgênicos no Brasil não é respeitada pelas empresas, apesar de ser exigida por lei.
Esta identificação do que é ou não transgênico tem sido feita, nos últimos anos, somente por determinação judicial, após investigação. Foi o que aconteceu com algumas marcas de óleo de soja das empresas Bunge e Cargill, no início de 2008.
Em março deste ano, o Ministério Público Federal determinou que a empresa Bunge, em sua filial no Mato Grosso (MT), também rotule seus alimentos transgênicos, conforme previsto em lei.
Fonte: site Green Peace
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QUESTÕES:
1-Você concorda com a decisão dos seis países europeus que rejeitaram o milho geneticamente modificado da Monsanto? Justifique.
2-Comente o projeto do vereador João Alfredo (PSOL) proibindo o uso de alimentos transgênicos na merenda escolar nas escolas municipais de Fortaleza.
PROPOSTAS TEMÁTICAS:
1-Escreva uma narrativa que tenha como tema um profundo desequilíbrio do ecossistema provocado pela produção de alimentos geneticamente modificados. O narrador-personagem é um agrônomo que se vê diante da responsabilidade de remediar a situação e diminuir o tamanho do desastre.
2-Escreva uma dissertação que tenha como tema: Alimentos geneticamente modificados: esse é o caminho da agricultura do futuro?
3-Escreva uma carta a um jornal criticando a produção indiscriminada de alimentos transgênicos.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
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