Os deputados e senadores terminam 2010 literalmente por cima de nós. Sapateando nas nossas cabeças e exibindo uma cifra vergonhosa: 62% de aumento salarial. Muito acima da inflação do período de três anos em que não tiveram reajuste. Por mais que tentem esconder a euforia, não conseguem.
Francisco Everaldo da Silva, o Tiririca, o deputado federal mais votado do país, que esteve anteontem pela primeira vez na Câmara, falou: “Cheguei em um bom dia, dei sorte. Acho o aumento bacana, acho legal”.
É claro que ele e todos os seus futuros companheiros acharam bacana receber um aumento dessa natureza, que catapultará os salários de deputado e senador para R$ 26, 7 mil. Fora os muitos auxílios a que têm direito.
Quem não acha bacana somos nós que recebemos aumento raso, na linha da inflação, nada além. Mas se são eles que decidem, por que iriam deixar por menos? Contam com o esquecimento dos eleitores até a próxima eleição. Em país de pouca memória, é fácil cometer absurdos e sair ileso de certas atitudes.
Agora, senador, deputado federal, presidente, vice, ministros de Estado e ministros do Supremo ganharão o mesmo salário. Não haverá mais escalonamento. Todos estarão na mesma faixa. E que faixa. É para pouquíssimos.
Presidente e vice terão um reajuste de 133,9%, passando de R$ 11, 4 mil para R$ 26, 7 mil. Concordo que o presidente ganhar menos do que deputado e senador, como acontecia, significa uma grave distorção. Mas o vice ganhar o mesmo que presidente não tem sentido. Deputados, senadores e ministros também não poderiam ganhar tanto.
O efeito cascata desse aumento atingirá governadores, prefeitos, vices, vereadores. Em algumas cidades, vereadores terão salários que passarão dos R$ 10 mil e prefeitos ganharão mais de R$ 20 mil.
Que farra. Que delícia. Terão um Natal maravilhoso. São patrões de si mesmos, que decidem o aumento que querem. Essa de dizer que o patrão do político é o povo é uma frase que não passa de demagogia barata, ridícula. Na prática, isso não acontece.
Eles agem com uma liberdade espantosa. Liberdade de decidir o que é bom para eles e quase nunca o que é bom para todos nós. Como está a saúde? Como está a educação? Como está a segurança? Isso eles deixam para depois. O importante é que o bolso deles estará bem mais cheio a partir de agora. E nós, diante do espelho, com cara de palhaços olhando o circo que provavelmente continuará igual no ano que vem. Pode mudar um quadro ou outro, mas no conjunto será tudo igual. Muitos arranjos, muito espetáculo e pouca agilidade para votar projetos que melhorem significativamente a vida da população.
Quem ganha bem tem que mostrar serviço. Um executivo com um salário desses, se não render, é demitido. Já um político, com um mandato garantido por quatro anos, deita e rola, e não está nem aí para a população, com algumas exceções, é claro.
(Jaime Leitão)
Propostas a partir do texto acima:
1-Narração que coloque em destaque o conflito entre um trabalhador que ganha salário mínimo e um deputado que acaba de receber um grande aumento salarial.
2-Dissertação que tenha como tema: Aumento justo ou abusivo?
3-Carta a um deputado ou senador protestando contra o aumento salarial excessivo decidido pela Câmara e o Senado.
4-Crônica que tenha como tema o aumento dos salários de deputados, senadores, ministros...
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
O tema é máscara
1-Escreva uma narrativa fantástica em que o narrador-personagem conta o seu drama: após ter experimentado a máscara que iria utilizar em uma festa à fantasia, ela não desgrudou mais do seu rosto.
2-Escreva uma dissertação que tenha como tema: As máscaras sociais.
3-Escreva uma crônica que tenha como título: Os mascarados.
2-Escreva uma dissertação que tenha como tema: As máscaras sociais.
3-Escreva uma crônica que tenha como título: Os mascarados.
Não enrole, seja direto
Escreva e-mails objetivos, de no máximo cinco linhas, a partir dos seguintes temas:
1-Justificando ao seu patrão por que motivo você faltará ao trabalho no dia seguinte.
2-Explicando para a sua namorada, que mora em uma outra cidade, por que você não irá vê-la no próximo final de semana, depois de tudo combinado.
3-Ao seu pai, justificando as suas notas baixas no último bimestre.
1-Justificando ao seu patrão por que motivo você faltará ao trabalho no dia seguinte.
2-Explicando para a sua namorada, que mora em uma outra cidade, por que você não irá vê-la no próximo final de semana, depois de tudo combinado.
3-Ao seu pai, justificando as suas notas baixas no último bimestre.
sábado, 27 de novembro de 2010
ENTRE NAS PALAVRAS
Entre nas seguintes palavras e escreva pequenos textos a partir delas:
1-Exposto...
2-Muros...
3-Avancei...
4-Perdi...
5-Lutei...
6 -Ruas
7-Quem...
8-Perigo...
9-Sombras...
10-Navegou...
1-Exposto...
2-Muros...
3-Avancei...
4-Perdi...
5-Lutei...
6 -Ruas
7-Quem...
8-Perigo...
9-Sombras...
10-Navegou...
DEZ PROPOSTAS DE REDAÇÃO
Desenvolva algumas das propostas abaixo:
1-Se você já foi assistir, escreva uma resenha crítica do filme Tropa de Elite 2.
2-Escreva uma carta a um amigo que mora no Rio comentando sobre o confronto entre traficantes e policiais nos últimos dias, os veículos incendidados, e perguntando a ele como está sendo a sua rotina durante esses dias?
3-Escreva um breve relato em primeira pessoa fazendo um balanço de como foi até agora o ano de 2010 para você.
4-Escreva uma crônica que tenha como tema uma situação cômica, pitoresca, que você viveu recentemente.
5-Escreva uma narrativa que tenha como título: O homem que só caminhava para trás. Desenvolva-a em primeira ou terceira pessoa.
6-Escreva um poema a partir do tema: Solidão no século XXI.
7-Escolha uma notícia no jornal, leia-a e transforme-a em uma narrativa. Viaje da realidade para a ficção.
8-Escreva uma narrativa que tenha como fato desencadeador da ação o surgimento em uma cidade pequena de placas na rua com avisos como esses: Não ultrapasse os seus limites; Pense dez vezes antes de atravessar a rua, etc.
9-Escreva um texto de no máximo dez linhas que responda a esta pergunta: Por que você complica tanto a sua vida? A resposta não precisa ser necessariamente baseada na realidade, pode ser um texto de ficção.
10-Escreva uma crônica que tenha como título: Os números me perseguem.
1-Se você já foi assistir, escreva uma resenha crítica do filme Tropa de Elite 2.
2-Escreva uma carta a um amigo que mora no Rio comentando sobre o confronto entre traficantes e policiais nos últimos dias, os veículos incendidados, e perguntando a ele como está sendo a sua rotina durante esses dias?
3-Escreva um breve relato em primeira pessoa fazendo um balanço de como foi até agora o ano de 2010 para você.
4-Escreva uma crônica que tenha como tema uma situação cômica, pitoresca, que você viveu recentemente.
5-Escreva uma narrativa que tenha como título: O homem que só caminhava para trás. Desenvolva-a em primeira ou terceira pessoa.
6-Escreva um poema a partir do tema: Solidão no século XXI.
7-Escolha uma notícia no jornal, leia-a e transforme-a em uma narrativa. Viaje da realidade para a ficção.
8-Escreva uma narrativa que tenha como fato desencadeador da ação o surgimento em uma cidade pequena de placas na rua com avisos como esses: Não ultrapasse os seus limites; Pense dez vezes antes de atravessar a rua, etc.
9-Escreva um texto de no máximo dez linhas que responda a esta pergunta: Por que você complica tanto a sua vida? A resposta não precisa ser necessariamente baseada na realidade, pode ser um texto de ficção.
10-Escreva uma crônica que tenha como título: Os números me perseguem.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
FAÇA A SUA LEITURA DO VÍDEO
Propostas temáticas:
1-Escreva uma dissertação, a partir do vídeo acima, veiculado durante a pré-campanha de Lula para presidente, em 2002, contextualizando-o nos dias de hoje. Dê um título ao seu texto.
2-Escreva uma fábula em que um rato diferente dos demais conta como é ser rato pensando e agindo de forma oposta a dos outros ratos.
3-Escreva uma crônica que tenha no seu decorrer o slogan: "Ou a gente acaba com eles ou eles acabam com o Brasil."
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
A PARTIR DA CRÔNICA, PRODUZA...
CLIMA SECO EM TODOS OS SENTIDOS
JAIME LEITÃO
Quem disse que não estamos em clima de deserto? A umidade baixíssima do ar nos últimos dias vem provocando uma sede que não termina. Nem dez copos d`água matam essa sede sem fim, mas ajudam pelo menos a nos manter com aquela umidade corporal mínima, sem a qual secamos de vez.
E quem não tem o hábito de tomar água? Agora mesmo fui até a frente pegar os jornais. A temperatura estava em 12 graus. No mesmo momento, passaram duas moças correndo, sem nenhum agasalho. Não carregavam nenhuma garrafinha d`água. Pensei: -Será que elas não sentem sede?
Conheço pessoas que tomam refrigerante quase o dia todo, mas se esquecem da água. Quando tomo uma taça de vinho, a água também é presença obrigatória. Em épocas menos secas e principalmente agora com essa umidade que me obriga a colocar uma bacia no quarto todas as noites.
Parece que o clima seco tem o poder também de contaminar o comportamento de muita gente. Secura nos relacionamentos. Ouço reclamação de amiga: -Meu namorado está seco demais comigo. Ouço de um amigo: -Nas lojas, o atendimento está a cada dia mais áspero e seco. Discordo dele, digo que comigo não tem acontecido isso. Pergunto se a secura não tem partido dele? Ele ficou pensando um pouco e saiu de perto de mim sem dizer nada.
Reclamamos da pele seca, da dificuldade para respirar, mas esquecemos que as relações humanas vêm se tornando distantes, secas também. Não posso reclamar das minhas, mas, por onde ando, percebo frieza na maneira como muitos se tratam. Secura atrai secura.
A seca é terrível em todos os sentidos. Provoca incêndios, queimadas, faz mal para a pele, pulmões e também reduz as relações a conversas ríspidas. Seria importante se cada um se perguntasse: -Não estou sendo seco demais com as pessoas e, por esse motivo, recebendo também a secura de volta? Se agimos de forma mais amena, leve, provavelmente retornará a nós um cumprimento suave, uma fala com mais emoção e menos frieza e secura. Os secos são geradores de conflito a todo momento. Não param de provocar ruídos.
Se o clima está seco, e está mesmo, por que não romper com essa secura? Quanto mais secura, pior. Ela gera irritação, rigidez, nos deixa em um estado desagradável.
Na seca, nada de bom floresce. Precisamos da água, da umidade, dos contatos humanos além das conversas extremamente objetivas para tratar de negócios, de maneira impessoal. Somos seres humanos, pessoas, como agir quase sempre deixando que a impessoalidade tome conta de nós? Não avançaremos assim. Pelo menos não como gostaríamos. Quanto menos secos, mais prazer sentiremos. Não há secura em Beethoven, Bach, Mozart. A beleza desses compositores está na emoção que eles transmitem. E alimentam a nossa alma com a água boa da melodia que nos deixa úmidos por dentro, com mais harmonia. Sem ela, perecemos.
Produção de texto:
1-Uma carta a um amigo que mora no exterior, em região úmida, comentando sobre o clima seco, com a umidade do ar chegando a índices preocupantes
2-Um conto que se passe em uma cidade em que quase nunca chove.
3-Um editorial sobre o baixo índice de umidade do ar.
JAIME LEITÃO
Quem disse que não estamos em clima de deserto? A umidade baixíssima do ar nos últimos dias vem provocando uma sede que não termina. Nem dez copos d`água matam essa sede sem fim, mas ajudam pelo menos a nos manter com aquela umidade corporal mínima, sem a qual secamos de vez.
E quem não tem o hábito de tomar água? Agora mesmo fui até a frente pegar os jornais. A temperatura estava em 12 graus. No mesmo momento, passaram duas moças correndo, sem nenhum agasalho. Não carregavam nenhuma garrafinha d`água. Pensei: -Será que elas não sentem sede?
Conheço pessoas que tomam refrigerante quase o dia todo, mas se esquecem da água. Quando tomo uma taça de vinho, a água também é presença obrigatória. Em épocas menos secas e principalmente agora com essa umidade que me obriga a colocar uma bacia no quarto todas as noites.
Parece que o clima seco tem o poder também de contaminar o comportamento de muita gente. Secura nos relacionamentos. Ouço reclamação de amiga: -Meu namorado está seco demais comigo. Ouço de um amigo: -Nas lojas, o atendimento está a cada dia mais áspero e seco. Discordo dele, digo que comigo não tem acontecido isso. Pergunto se a secura não tem partido dele? Ele ficou pensando um pouco e saiu de perto de mim sem dizer nada.
Reclamamos da pele seca, da dificuldade para respirar, mas esquecemos que as relações humanas vêm se tornando distantes, secas também. Não posso reclamar das minhas, mas, por onde ando, percebo frieza na maneira como muitos se tratam. Secura atrai secura.
A seca é terrível em todos os sentidos. Provoca incêndios, queimadas, faz mal para a pele, pulmões e também reduz as relações a conversas ríspidas. Seria importante se cada um se perguntasse: -Não estou sendo seco demais com as pessoas e, por esse motivo, recebendo também a secura de volta? Se agimos de forma mais amena, leve, provavelmente retornará a nós um cumprimento suave, uma fala com mais emoção e menos frieza e secura. Os secos são geradores de conflito a todo momento. Não param de provocar ruídos.
Se o clima está seco, e está mesmo, por que não romper com essa secura? Quanto mais secura, pior. Ela gera irritação, rigidez, nos deixa em um estado desagradável.
Na seca, nada de bom floresce. Precisamos da água, da umidade, dos contatos humanos além das conversas extremamente objetivas para tratar de negócios, de maneira impessoal. Somos seres humanos, pessoas, como agir quase sempre deixando que a impessoalidade tome conta de nós? Não avançaremos assim. Pelo menos não como gostaríamos. Quanto menos secos, mais prazer sentiremos. Não há secura em Beethoven, Bach, Mozart. A beleza desses compositores está na emoção que eles transmitem. E alimentam a nossa alma com a água boa da melodia que nos deixa úmidos por dentro, com mais harmonia. Sem ela, perecemos.
Produção de texto:
1-Uma carta a um amigo que mora no exterior, em região úmida, comentando sobre o clima seco, com a umidade do ar chegando a índices preocupantes
2-Um conto que se passe em uma cidade em que quase nunca chove.
3-Um editorial sobre o baixo índice de umidade do ar.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
O BURACO NEGRO
Produção britânica.
Direção: Phil & Olly
Fonte: www.futureshorts.com
Propostas temáticas:
1-A partir do vídeo acima, escreva uma dissertação que tenha como tema: Ambição sem limites.
2-Narração fantástica que mostre o protagonista enredado em um buraco negro que surgiu de repente na parede do seu quarto.
3-Carta argumentativa de um ambicioso compulsivo criticando a falta de ambição de um amigo ou namorada.
4-Carta argumentativa de uma pessoa sem maiores ambições criticando um amigo ou namorada por usar todos os meios, lícitos e ilícitos, para conquistar o que quer.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
O VIRTUAL EM CONTRAPOSIÇÃO AO REAL
OPINIÃO
Tente beijar mais e tuitar menos
BOB HERBERT
COLUNISTA DO "NEW YORK TIMES"
Eu estava indo de Washington para Nova York quando um carro colou atrás de mim -voando. Eu vi pelo retrovisor que a motorista falava no celular. Dias depois, eu conversava com um cara que costuma ir de Nova York a Nova Jersey. Ele apoia seu laptop na frente do carro para assistir DVDs enquanto dirige. "Eu só faço isso no trânsito. Não tem problema", diz.
Além das questões óbvias de segurança, por que alguém quer ou precisa falar ao telefone ou assistir a filmes enquanto dirige? Odeio soar como se fosse do século passado, mas qual o problema em só ouvir rádio? As maravilhas da tecnologia estão nos engolindo. Não as controlamos; elas nos controlam.
Nós temos celulares, Blackberrys, Kindles e iPads, e estamos mandando e-mails e mensagens de textos, batendo papo e tuitando. Tudo isso é parte do que eu acho ser um dos aspectos mais esquisitos da nossa cultura: o ritmo frenético que exige que façamos, no mínimo, duas ou três coisas a todo momento desde que acordamos. Por que ser multifuncional é considerado um talento?
Poderíamos facilmente achar que isso é uma inabilidade neurótica que nos impede de nos concentrarmos por mais de três segundos. Chega desse comportamento hiperativo, dessa tecnotirania e desse ritmo frenético que não para. Precisamos desacelerar e respirar. Não me oponho aos excepcionais avanços dos últimos anos. Não quero voltar para a máquina de escrever e ao papel carbono. Só acho que deveríamos tratar a tecnologia como qualquer outra ferramenta. Deveríamos controlá-la, moldando-a aos nossos propósitos.
Vamos deixar um pouco de lado nossos gadgets e passar o tempo sendo nós mesmos. Um dos problemas da nossa sociedade é que temos uma tendência, em meio a toda loucura que nos cerca, de perder de vista o que é verdadeiramente humano em nós -aquelas coisas bem especiais, a maior parte não material, que nos preenchem, dão sentido às nossas vidas, nos engrandecem e que nos permitem abraçar mais facilmente aqueles a nossa volta.
Há um personagem em uma peça de August Wilson que diz que todo mundo tem uma canção dentro de si e que você corre risco de perder essa canção. Se você perde o contato e esquece como cantá-la, você está sujeito a ficar frustrado e insatisfeito.
Não acho que ficamos em contato com nossas canções ao tuitar ou digitar mensagens em nossos Blackberrys ou acumular amigos no Facebook. Precisamos reduzir os limites de velocidade de nossas vidas e saborear a viagem. Deixe o celular em casa de vez em quando. Tente beijar mais e tuitar menos. E pare de falar tanto. Ouça.
As outras pessoas também têm o que dizer. Quando elas não dizem, aquele silêncio glorioso dirá mais do que você jamais imaginou. Isso é quando você começará a ouvir a sua canção. Isso é quando os seus melhores pensamentos aparecerão, e você realmente será você.
Fone: Folha de São Paulo- Suplemento TEC-19-07-2010
Propostas temáticas;
1-Dissertação: Tuitar mais ou menos?
2-Crônica que tenha como título: Tuitar e beijar é só começar.
3-Narração: O narrador-personagem conta da sua experiência desagradável de ter se viciado no Twitter.
Tente beijar mais e tuitar menos
BOB HERBERT
COLUNISTA DO "NEW YORK TIMES"
Eu estava indo de Washington para Nova York quando um carro colou atrás de mim -voando. Eu vi pelo retrovisor que a motorista falava no celular. Dias depois, eu conversava com um cara que costuma ir de Nova York a Nova Jersey. Ele apoia seu laptop na frente do carro para assistir DVDs enquanto dirige. "Eu só faço isso no trânsito. Não tem problema", diz.
Além das questões óbvias de segurança, por que alguém quer ou precisa falar ao telefone ou assistir a filmes enquanto dirige? Odeio soar como se fosse do século passado, mas qual o problema em só ouvir rádio? As maravilhas da tecnologia estão nos engolindo. Não as controlamos; elas nos controlam.
Nós temos celulares, Blackberrys, Kindles e iPads, e estamos mandando e-mails e mensagens de textos, batendo papo e tuitando. Tudo isso é parte do que eu acho ser um dos aspectos mais esquisitos da nossa cultura: o ritmo frenético que exige que façamos, no mínimo, duas ou três coisas a todo momento desde que acordamos. Por que ser multifuncional é considerado um talento?
Poderíamos facilmente achar que isso é uma inabilidade neurótica que nos impede de nos concentrarmos por mais de três segundos. Chega desse comportamento hiperativo, dessa tecnotirania e desse ritmo frenético que não para. Precisamos desacelerar e respirar. Não me oponho aos excepcionais avanços dos últimos anos. Não quero voltar para a máquina de escrever e ao papel carbono. Só acho que deveríamos tratar a tecnologia como qualquer outra ferramenta. Deveríamos controlá-la, moldando-a aos nossos propósitos.
Vamos deixar um pouco de lado nossos gadgets e passar o tempo sendo nós mesmos. Um dos problemas da nossa sociedade é que temos uma tendência, em meio a toda loucura que nos cerca, de perder de vista o que é verdadeiramente humano em nós -aquelas coisas bem especiais, a maior parte não material, que nos preenchem, dão sentido às nossas vidas, nos engrandecem e que nos permitem abraçar mais facilmente aqueles a nossa volta.
Há um personagem em uma peça de August Wilson que diz que todo mundo tem uma canção dentro de si e que você corre risco de perder essa canção. Se você perde o contato e esquece como cantá-la, você está sujeito a ficar frustrado e insatisfeito.
Não acho que ficamos em contato com nossas canções ao tuitar ou digitar mensagens em nossos Blackberrys ou acumular amigos no Facebook. Precisamos reduzir os limites de velocidade de nossas vidas e saborear a viagem. Deixe o celular em casa de vez em quando. Tente beijar mais e tuitar menos. E pare de falar tanto. Ouça.
As outras pessoas também têm o que dizer. Quando elas não dizem, aquele silêncio glorioso dirá mais do que você jamais imaginou. Isso é quando você começará a ouvir a sua canção. Isso é quando os seus melhores pensamentos aparecerão, e você realmente será você.
Fone: Folha de São Paulo- Suplemento TEC-19-07-2010
Propostas temáticas;
1-Dissertação: Tuitar mais ou menos?
2-Crônica que tenha como título: Tuitar e beijar é só começar.
3-Narração: O narrador-personagem conta da sua experiência desagradável de ter se viciado no Twitter.
terça-feira, 13 de julho de 2010
QUEM SÃO OS BONECOS?
Fonte: charge de Jean, Folha de São Paulo 13-7-2010
QUEM SÃO OS BONECOS?
JAIME LEITÃO
O PT está confeccionando milhares de bonecos representando o Lula. É o Lulinha. Cada um será vendido a R$ 5 e servirá para ajudar a custear a campanha de Dilma. Haja boneco!
Aqui cai bem uma pergunta: se a candidata é a Dilma, por que estão lançando o boneco do Lula? Isso porque boneco do Lula vende, o da Dilma corre o risco de encalhar. E fica feio para uma candidata ter o boneco que a representa rejeitado.
Os apoiadores da campanha da Marina Silva não ficam atrás. Estão começando a confeccionar bonecos menores da Marina, uma espécie de broche, que também serão vendidos, a Marininha.
Só falta a aparecer o Serrinha. Quem compraria o Serrinha? Pra falar a verdade, eu não compraria nem o Lulinha nem a Marininha nem o Serrinha. Querem nos vender bonecos ou querem nos fazer de bonecos, de fantoches, desfilando por aí com objetos representando os candidatos? Oferecer brindes: canetas, chaveiros, bonés não pode, o que está certo. Há quem vote em candidato porque ganhou caneta, dentadura ou alguns tijolos. É imoral tanto o candidato que oferece quanto o eleitor que aceita. Vender pode?
Queremos idéias, propostas concretas, chega de circo. Logo irão nos vender outros produtos, transformando a campanha numa grande feira, em um mercado de objetos para ajudar a sustentar campanhas milionárias. Copos, xícaras, chaveiros, agendas, e muito mais.
Quando leio notícias dessa natureza, eu me pergunto: -O que ainda veremos nos próximos meses? Não somos bonecos que aceitam tudo sem contestar ou reagir.
Os que se movimentam em torno do poder são pródigos em propor formas de envolver, de convencer o eleitor . E um copia o outro. Quando teremos candidatos que digam para os seus marqueteiros e assessores: -Quero uma campanha séria, coerente, sem apelar para bonecos e uma série de produtos que tiram de uma eleição majoritária o foco da discussão que deveria estar voltado para questões fundamentais. Algumas são :-como administrar o Brasil nos próximos quatro anos diminuindo a dívida pública, enorme, e o tamanho da máquina estatal, também gigantesca? ; como promover uma educação que forme cidadãos mais críticos e profissionais mais qualificados? ; como diminuir os impostos para melhorar a vida de microempresários e da população em geral, que estão sempre enforcados pelos tributos absurdos que pagam?
Queremos menos bonecos e mais seriedade, menos circo e uma administração transformadora de fato. Quando um candidato copia o outro, é sinal que nenhum quer mudar nada. E isso é péssimo.
A falta de imaginação no poder dá uma tese. Será que já não existe? Se não existir, proponho a um mestre em sociologia e política, pensando em ingressar no doutorado, que desenvolva uma tese que tenha como tema: “A falta de criatividade na política” ou “A capacidade que os políticos têm de copiar as velhas fórmulas e as velhas práticas.”
Propostas temáticas:
1-Disssertação a partir da charge e do artigo, que tenha como tema: Quem são os bonecos e os palhaços?
2-Narração: Um boneco retirado do imaginário infantil (Pinóquio, Soldadinho de Chumbo, Peter Pan, etc) revolta-se com a invenção de "bonecos políticos) e resolve decretar uma guerra contra eles, convocando os bonecos que ele considera autênticos para participar desse combate.
3-Crônica: Política é circo?
sexta-feira, 9 de julho de 2010
O CANDIDATO FICHA-SUJA E O CANDIDATO FICHA-LIMPA
Propostas temáticas
1-Imagine que você é um candidato ficha-suja. Dê um nome ficcional para esse personagem. Escreva um texto argumentativo em que o candidato ficcha-suja tenta convencer o eleitor a votar nele, apesar do seu passado condenável.
2-Você é um candidato ficha-limpa, que acredita que a melhor maneira de conquistar o voto do eleitor é com honestidade e transparência. Escreva uma texto argumentativo defendendo a política limpa, honesta e pedindo o voto do eleitor consciente.
1-Imagine que você é um candidato ficha-suja. Dê um nome ficcional para esse personagem. Escreva um texto argumentativo em que o candidato ficcha-suja tenta convencer o eleitor a votar nele, apesar do seu passado condenável.
2-Você é um candidato ficha-limpa, que acredita que a melhor maneira de conquistar o voto do eleitor é com honestidade e transparência. Escreva uma texto argumentativo defendendo a política limpa, honesta e pedindo o voto do eleitor consciente.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
LEIA E DESCREVA O AMBIENTE EM QUE VOCÊ ESTÁ AGORA
Onde você está agora?Na sala, no quarto, em uma lan house? Utilizando os seus cinco sentidos e a subjetividade, faça um a leitura do lugar em que você se encontra e descreva o ambiente. Escreva uma crônica em que a descrição esteja em primeiro plano.
EXERCÍCIOS DE DISPARADA VERBAL
Sem pensar muito, escreva o que lhe vier à cabeça, a partir dos inícios abaixo. Procure se soltar o máximo possível.
1-Quando o juiz apitou a vitória da Holanda sobre o Brasil, que nos tirou da Copa...
2-A minha ansiedade é capaz de...
3-Entrei na sala sem avisar e dei de cara...
4-O medo que eu senti naquele momento...
5-Olhei para o espelho e percebi...
1-Quando o juiz apitou a vitória da Holanda sobre o Brasil, que nos tirou da Copa...
2-A minha ansiedade é capaz de...
3-Entrei na sala sem avisar e dei de cara...
4-O medo que eu senti naquele momento...
5-Olhei para o espelho e percebi...
terça-feira, 6 de julho de 2010
O TÉDIO, ESSE GRANDE INIMIGO
Tela de Eugène Fromentin, pintor e escritor francês. (1820-1876)
"Sabes qual é a minha preocupação maior? É matar o tédio. Quem prestasse este serviço à humanidade seria o verdadeiro destruidor de monstros."
Propostas temáticas:
Com base na frase de Eugène Fromentin, escreva:
1-Uma narração em que o conflito gira em torno da vida de uma mulher que tem todo o conforto, mas que aos poucos vai sendo devorada pelo tédio.
2-Dissertação: O tédio, esse inimigo mortal.
3-Carta de um homem entediado a um amigo que vive de maneira leve e descontraída, feliz a maior parte do tempo.
4-Crônica que tenha como título: Receita para combater o tédio.
5-Poema sobre o tédio.
6-Texto descritivo com base na tela de Eugène Fromentin
LEITURA DE DUAS FRASES DE FOUCAULT
"De homem a homem verdadeiro, o caminho passa pelo homem louco."
"Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo."
Michel Foucault
Propostas temáticas:
1-Dissertação relacionando as duas frases do filósofo francês Michel Foucault.
2-Dissertação: Se não houver um pouco de loucura, não haverá arte.
3-Crônica: A normalidade dá sono.
4-Dissertação: Quem não muda permanece estátua.
LEITURAS DA FRASE DE THEODOR ADORNO
"O humano estabelece-se na imitação: um homem torna-se um homem apenas imitando outros homens."
Theodore Adorno (1903-1969)
A frase do filósofo alemão Theodor Adorno sugere várias leituras.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O ser humano não passa de um imitador?
2-Crônica: Imitar é uma arte?
3-Dissertação: O mundo está cheio de clones e covers. Os originais são poucos.
4-Poema que tenha como título: Imitação ou criação?
5-Dissertação: Plagiar é diferente de imitar?
UMA FRASE DE WALTER BENJAMIN QUE PERMITE VÁRIAS LEITURAS
"Deus é quem nutre todos os homens, e o Estado é quem os reduz à fome."
Walter Benjamim (1892-1940)
A frase acima do filósofo alemão Walter Benjamin remete a várias leituras e temas.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: Os governos, independente da ideologia, costumam reduzir grande parte da sua população à miséria.
2-Dissertação: Crer em Deus não significa necessariamente seguir uma religião.
3-Carta: Supondo que você está na década de 1930 , e leu a frase de Walter Benjamim, não concordando parcial ou integralmente com ela, resolveu escrever-lhe uma carta argumentativa questionando as suas colocações.
4-Crônica: O Estado está mais para paizão supridor ou para carrasco?
5-Dissertação: Governos de direita e esquerda como fomentadores de justiça ou produtores de miséria.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
A IMAGEM FALA
A companhia aérea irlandesa Ryanair solicitou a Boeing um estudo para retirar algumas poltronas de suas aeronaves, trocando-as por lugares em pé, que custariam bem mais barato. Esses passageiros voariam em pé, com direito à cinto de segurança. Propostas temáticas:
1- Crônica a partir da imagem acima.
2-Dissertação: Cada vez o que conta mais para as companhias aéreas é o lucro. O conforto do passageiro é o que menos importa.
3-Narração em que o narrador-personagem conta a sua experiência de voar por uma companhia aérea em pé.
1- Crônica a partir da imagem acima.
2-Dissertação: Cada vez o que conta mais para as companhias aéreas é o lucro. O conforto do passageiro é o que menos importa.
3-Narração em que o narrador-personagem conta a sua experiência de voar por uma companhia aérea em pé.
A FOTO FALA
A foto acima, em que aparecem os dois candidatos a presidência, Dilma Rousseff e José Serra, lado a lado, pode gerar leituras e interpretações.
Propostas temáticas:
1-Texto argumentativo analisando as expressões de ambos na foto acima.
2-Suposto diálogo entre os dois candidatos.
3-Texto argumentativo: O Brasil, a partir de 2011, caso Serra seja eleito.
4-Texto argumentativo: O Brasil, a partir de 2011, caso Dilma seja eleita.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
O DINOSSAURO DA BUROCRACIA
Custos da burocracia
Estudo da Fiesp quantifica os prejuízos calamitosos causados ao país por excesso de normas tributárias e velhos entraves cartoriais
Manicômio tributário: a expressão, utilizada por um especialista em direito administrativo, não soa exagerada para caracterizar um país em que convivem 63 tributos diferentes, regidos por um conjunto de normas que, nos últimos 20 anos, tem sofrido a média de 34 alterações por dia.
"O que acaba ocorrendo", diz o professor Carlos Ari Sundfeld, da Fundação Getúlio Vargas, "é um parasitismo nosso, dos advogados, para se aproveitar dessa confusão". O parasitismo, para utilizar o mesmo termo, replica-se na própria estrutura do poder público, criando camadas e mais camadas de funcionários encarregados de zelar pela observância -ou de facilitar a desconsideração- das regras que produzem sem cessar.
A dimensão dos custos com burocracia no Brasil foi quantificada em recente estudo da Fiesp. São R$ 46,3 bilhões por ano, mais do que todos os gastos com saneamento básico previstos no PAC 2 para os próximos quatro anos.
Num cálculo mais dramático, pode-se dizer que o prejuízo anual devido à fúria dos regulamentos públicos é aproximadamente mil vezes maior do que o total dos gastos emergenciais provocados pela recente calamidade das enchentes no Nordeste.
Desses R$ 46,3 bilhões, quase a metade (R$ 20 bilhões) corresponde ao que se perde com o tsunami tributário. Mas o pesadelo se estende, como é notório, para as incontáveis autorizações, alvarás, processos e impedimentos que, do mero registro de uma empresa familiar até fabulosas obras governamentais, emperram qualquer iniciativa econômica e colocam o Brasil entre os países mais burocráticos do mundo.
Segundo o Banco Mundial, a terra do "jeitinho" e dos bacharéis está na 129ª posição, entre os 183 países pesquisados.
Não se trata apenas da herança cultural ibérica, ou de alguma cisão entre a mentalidade, digamos, latina e a tradição anglo-saxônica. Portugal e Itália, apesar do folclore que possa cercá-los, situam-se em muito melhor colocação nesse levantamento.
Outras circunstâncias, como o desdobramento administrativo nas esferas municipal, estadual e federal, ou a própria importância do investimento estatal na economia do país, contribuem para solidificar tal situação.
O mais perverso é que todo mecanismo burocrático, de qualquer modo, sempre aparenta ter alguma razão para existir; no mínimo, destina-se a sobrepor um novo controle sobre a ineficiência dos que o precediam.
Grandes doses de ousadia, portanto, e mesmo de voluntarismo, seriam necessárias para que alguma liderança política decidisse adotar uma agenda transformadora nessa questão.
Por diferentes motivos, o perfil dos principais candidatos à Presidência não parece corresponder a esse desafio -o que torna ainda mais oportuno o estudo da Fiesp agora divulgado.
Tanto a reforma tributária quanto uma reforma ainda maior do próprio Estado dependem de esforços de mobilização e pressão que não dizem respeito apenas às entidades empresariais, mas aos interesses de toda a população.
Fonte: Folha de Sâo Paulo-3-7-2010
Propostas temáticas:
1-Dissertação que tenha como título: O manicômio tributário chamado Brasil.
2-Narração: Os personagens se veem devorados (metaforicamente ou não) por uma montanha de papéis e carimbos. Pode ser uma narrativa fantástica.
3-Carta argumentativa ao prof. Carlos Ari Sundfeld,colocando a ele a necessidade de combater a burocracia no Brasil, com atitudes práticas e urgentes.
Estudo da Fiesp quantifica os prejuízos calamitosos causados ao país por excesso de normas tributárias e velhos entraves cartoriais
Manicômio tributário: a expressão, utilizada por um especialista em direito administrativo, não soa exagerada para caracterizar um país em que convivem 63 tributos diferentes, regidos por um conjunto de normas que, nos últimos 20 anos, tem sofrido a média de 34 alterações por dia.
"O que acaba ocorrendo", diz o professor Carlos Ari Sundfeld, da Fundação Getúlio Vargas, "é um parasitismo nosso, dos advogados, para se aproveitar dessa confusão". O parasitismo, para utilizar o mesmo termo, replica-se na própria estrutura do poder público, criando camadas e mais camadas de funcionários encarregados de zelar pela observância -ou de facilitar a desconsideração- das regras que produzem sem cessar.
A dimensão dos custos com burocracia no Brasil foi quantificada em recente estudo da Fiesp. São R$ 46,3 bilhões por ano, mais do que todos os gastos com saneamento básico previstos no PAC 2 para os próximos quatro anos.
Num cálculo mais dramático, pode-se dizer que o prejuízo anual devido à fúria dos regulamentos públicos é aproximadamente mil vezes maior do que o total dos gastos emergenciais provocados pela recente calamidade das enchentes no Nordeste.
Desses R$ 46,3 bilhões, quase a metade (R$ 20 bilhões) corresponde ao que se perde com o tsunami tributário. Mas o pesadelo se estende, como é notório, para as incontáveis autorizações, alvarás, processos e impedimentos que, do mero registro de uma empresa familiar até fabulosas obras governamentais, emperram qualquer iniciativa econômica e colocam o Brasil entre os países mais burocráticos do mundo.
Segundo o Banco Mundial, a terra do "jeitinho" e dos bacharéis está na 129ª posição, entre os 183 países pesquisados.
Não se trata apenas da herança cultural ibérica, ou de alguma cisão entre a mentalidade, digamos, latina e a tradição anglo-saxônica. Portugal e Itália, apesar do folclore que possa cercá-los, situam-se em muito melhor colocação nesse levantamento.
Outras circunstâncias, como o desdobramento administrativo nas esferas municipal, estadual e federal, ou a própria importância do investimento estatal na economia do país, contribuem para solidificar tal situação.
O mais perverso é que todo mecanismo burocrático, de qualquer modo, sempre aparenta ter alguma razão para existir; no mínimo, destina-se a sobrepor um novo controle sobre a ineficiência dos que o precediam.
Grandes doses de ousadia, portanto, e mesmo de voluntarismo, seriam necessárias para que alguma liderança política decidisse adotar uma agenda transformadora nessa questão.
Por diferentes motivos, o perfil dos principais candidatos à Presidência não parece corresponder a esse desafio -o que torna ainda mais oportuno o estudo da Fiesp agora divulgado.
Tanto a reforma tributária quanto uma reforma ainda maior do próprio Estado dependem de esforços de mobilização e pressão que não dizem respeito apenas às entidades empresariais, mas aos interesses de toda a população.
Fonte: Folha de Sâo Paulo-3-7-2010
Propostas temáticas:
1-Dissertação que tenha como título: O manicômio tributário chamado Brasil.
2-Narração: Os personagens se veem devorados (metaforicamente ou não) por uma montanha de papéis e carimbos. Pode ser uma narrativa fantástica.
3-Carta argumentativa ao prof. Carlos Ari Sundfeld,colocando a ele a necessidade de combater a burocracia no Brasil, com atitudes práticas e urgentes.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
LOUISE BOURGEOIS
Fonte: www.cbsnews.com
A escultora francesa Louise Bourgeois, que passou a maior parte de sua vida nos EUA, morreu na última segunda-feira, dia 31 de maio, aos 98 anos. Um dos temas recorrentes em seu trabalho é a aranha. Esculpiu várias aranhas gigantes, que se transformaram na marca central da sua obra.
Propostas temáticas:
1-Escreva um poema que tenha como título: A Aranha.
2-Escreva uma narrativa fantástica, em que o protagonista se vê preso a uma teia de aranha gigantesca.
3-Escreva uma dissertação que tenha como título: A Teia das Cidades. Aborde essa estrutura complexa que é o espaço urbano, com teias que prendem, amarram, impedem o fluxo das pessoas pelas ruas e bairros.
4-Escreva uma narrativa em que o narrador-personagem sofre de um medo obsessivo de aranhas. É uma fobia que o ataca desde a infância.
5-Escreva uma narrativa em que o narrador-personagem cria aranhas em sua casa. O conflito aumenta quando ele se casa e a mulher não aceita conviver com seus bichinhos de estimação.
sábado, 24 de abril de 2010
AÇÕES COTIDIANAS
PROPOSTAS TEMÁTICAS:
1-A partir do vídeo acima, escreva uma crônica que tenha como tema as ações cotidianas.
2-Escreva uma crônica a partir da frase: O mundo transforma a arte e a arte transforma o mundo.
3-Escreva um poema em que estejam presentes alguns destes verbos, não necessariamente no infinitivo: pegar, puxar, empurrar, digitar, jogar, apertar, abotoar, amarrar, abrir, fechar ou outros que você identifique no vídeo.
PROPOSTAS A PARTIR DE FILMES
O cineasta James Cameron, diretor do filme Avatar, que conseguiu a maior bilheteria da história do cinema, em entrevista à revista Veja de 14 de abril de 2010 afirmou:
"Tenho uma relação de amor e ódio com a tecnologia. Os atores de Avatar tiveram de entrar em contato com o lado mais primitivo de si próprios e, ao mesmo tempo, atuar nas condições mais high-tex possíveis."
Propostas temáticas:
1-Dissertação: A capacidade do cinema de relacionar o avanço tecnológico extremo com o lado mais primitivo do ser humano.
2-Narração: O narrador-personagem conta um fato que torna clara a sua relação de amor e ódio com a tecnologia.
3-Escreva uma dissertação ou uma crônica a partir do filme de animação abaixo, que foi premiado como melhor curta-metragem do Festival de Berlim de 2007.
A partir do curta-metragem de ficção, Detalhes, acima, feito como se fosse um documentário, realizado em parceria entre a Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grandfe do Sul, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, para uma pesquisa de campo de uma tese de doutorado sobre como vivem adolescentes com Aids, escreva;
1-Dissertação: Adolescentes com Aids: como conviver com essa realidade?
2-Narração: Adolescente que foi contaminada pela mãe, quando estava grávida, pelo vírus HIV, conta o seu drama.
3-Crônica: A responsabilidade do adolescente para evitar ser contaminado pelo vírus da Aids.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
O BRASIL, 510 ANOS DEPOIS DA DESCOBERTA
510 ANOS DEPOIS
JAIME LEITÃO
510 anos depois da nossa descoberta, estamos aqui. Somos todos brasileiros, descendentes de europeus, índios, africanos, asiáticos, oceânicos, nascidos no Brasil ou naturalizados. Essa é a nossa terra extraordinária, que nos enche de orgulho e às vezes nos provoca vergonha ou indignação.
Só que a terra não tem culpa. A responsabilidade por nossa irritação é toda dos políticos, dos poderosos, desde os primeiros tempos até hoje. Em termos de controle de qualidade nessa área, estamos bem abaixo do aceitável. Mas com pressão chegaremos lá.
Já na cultura e na arte, tão desprezada pela maioria dos governantes, temos nomes notáveis. Na literatura, poucos países possuem escritores do quilate de um Machado de Assis, Drummond, Manuel Bandeira, Érico Veríssimo, Guimarães Rosa.
Na música, Villa-Lobos, Carlos Gomes, Caetano Veloso, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Tom Jobim são alguns dos nomes de brasileiros que merecem ser cultuados.
Nas artes plásticas, Portinari, Di Cavalcanti, Beatriz Milhazes, Hélio Oiticica, Tunga e muitos outros elevaram e elevam o nosso nome internacionalmente, com a sua presença nos maiores museus e mais importantes galerias.
É na diversidade que nos encontramos, nos descobrimos. Na verdade, o Brasil não foi descoberto ainda. Pedro Álvares Cabral e sua turma deram o pontapé inicial, nós continuamos interpretando o nosso estar aqui e o que é ser brasileiro, com muito talento e garra, que não nos faltam nem nas situações mais adversas.
A nossa criatividade é incrível e se manifesta em todas as áreas. Temos inventores que só não florescem na quantidade e na velocidade que merecem porque falta apoio, o que acaba obrigando cientistas e gênios a ir embora daqui, para atuar nas grandes universidades e empresas dos países desenvolvidos, que só chegaram a esse estágio porque são ricos. Já a riqueza nossa está sendo dilapidada desde o começo da nossa história, e não podemos permitir mais isso.
Temos futebol, carnaval, e essa intensa alegria que se expressa nos pés, na hora do jogo e na hora do samba. Temos Pelé, Garrincha, Cacá, Neymar, Elza Soares, João Gilberto.
A nossa qualidade é das maiores. Se não fossem os políticos corruptos, clientelistas, populistas, sacanas, este país seria perfeito. Mesmo com eles botando água e lama na feijoada e no vatapá, continuamos prontos a superar todos os limites que nos impõem. Precisamos só acordar para a nossa força, soltar a nossa voz e utilizar o voto da maneira mais responsável possível, para que os maus políticos saiam de cena e paguem por seus crimes. O Brasil é bom demais para ficar em mãos de quem não tem capacidade e seriedade para nos governar.
Sejamos patriotas sem xenofobia. Sempre acolhemos e continuaremos acolhendo os estrangeiros que vierem para cá trabalhar e manter viva essa miscigenação e a beleza dessa terra que amamos tanto.
PROPOSTAS TEMÁTICAS:
1-Dissertação: Como é o Brasil 510 anos depois de ter sido descoberto?
2-Narrativa: O narrador-personagem conta um fato ocorrido com ele em 2010, que demonstra o atraso do país em determinado setor.
3-Carta a um brasileiro amigo seu que mora no exterior perguntando a ele se está valendo a pena viver longe do Brasil.
4-Carta de um brasileiro que mora em outro país contando a um amigo que vive aqui por que deixou o Brasil e como é viver em terra estrangeira.
5-Crônica: Em muitos aspectos, o Brasil ainda não se desenvolveu.
6-Poema satírico sobre a descoberta do Brasil pelos portugueses.
7-Receita de Brasil. Escreva uma receita do Brasil que você idealiza.
JAIME LEITÃO
510 anos depois da nossa descoberta, estamos aqui. Somos todos brasileiros, descendentes de europeus, índios, africanos, asiáticos, oceânicos, nascidos no Brasil ou naturalizados. Essa é a nossa terra extraordinária, que nos enche de orgulho e às vezes nos provoca vergonha ou indignação.
Só que a terra não tem culpa. A responsabilidade por nossa irritação é toda dos políticos, dos poderosos, desde os primeiros tempos até hoje. Em termos de controle de qualidade nessa área, estamos bem abaixo do aceitável. Mas com pressão chegaremos lá.
Já na cultura e na arte, tão desprezada pela maioria dos governantes, temos nomes notáveis. Na literatura, poucos países possuem escritores do quilate de um Machado de Assis, Drummond, Manuel Bandeira, Érico Veríssimo, Guimarães Rosa.
Na música, Villa-Lobos, Carlos Gomes, Caetano Veloso, Chico Buarque, Vinícius de Moraes, Tom Jobim são alguns dos nomes de brasileiros que merecem ser cultuados.
Nas artes plásticas, Portinari, Di Cavalcanti, Beatriz Milhazes, Hélio Oiticica, Tunga e muitos outros elevaram e elevam o nosso nome internacionalmente, com a sua presença nos maiores museus e mais importantes galerias.
É na diversidade que nos encontramos, nos descobrimos. Na verdade, o Brasil não foi descoberto ainda. Pedro Álvares Cabral e sua turma deram o pontapé inicial, nós continuamos interpretando o nosso estar aqui e o que é ser brasileiro, com muito talento e garra, que não nos faltam nem nas situações mais adversas.
A nossa criatividade é incrível e se manifesta em todas as áreas. Temos inventores que só não florescem na quantidade e na velocidade que merecem porque falta apoio, o que acaba obrigando cientistas e gênios a ir embora daqui, para atuar nas grandes universidades e empresas dos países desenvolvidos, que só chegaram a esse estágio porque são ricos. Já a riqueza nossa está sendo dilapidada desde o começo da nossa história, e não podemos permitir mais isso.
Temos futebol, carnaval, e essa intensa alegria que se expressa nos pés, na hora do jogo e na hora do samba. Temos Pelé, Garrincha, Cacá, Neymar, Elza Soares, João Gilberto.
A nossa qualidade é das maiores. Se não fossem os políticos corruptos, clientelistas, populistas, sacanas, este país seria perfeito. Mesmo com eles botando água e lama na feijoada e no vatapá, continuamos prontos a superar todos os limites que nos impõem. Precisamos só acordar para a nossa força, soltar a nossa voz e utilizar o voto da maneira mais responsável possível, para que os maus políticos saiam de cena e paguem por seus crimes. O Brasil é bom demais para ficar em mãos de quem não tem capacidade e seriedade para nos governar.
Sejamos patriotas sem xenofobia. Sempre acolhemos e continuaremos acolhendo os estrangeiros que vierem para cá trabalhar e manter viva essa miscigenação e a beleza dessa terra que amamos tanto.
PROPOSTAS TEMÁTICAS:
1-Dissertação: Como é o Brasil 510 anos depois de ter sido descoberto?
2-Narrativa: O narrador-personagem conta um fato ocorrido com ele em 2010, que demonstra o atraso do país em determinado setor.
3-Carta a um brasileiro amigo seu que mora no exterior perguntando a ele se está valendo a pena viver longe do Brasil.
4-Carta de um brasileiro que mora em outro país contando a um amigo que vive aqui por que deixou o Brasil e como é viver em terra estrangeira.
5-Crônica: Em muitos aspectos, o Brasil ainda não se desenvolveu.
6-Poema satírico sobre a descoberta do Brasil pelos portugueses.
7-Receita de Brasil. Escreva uma receita do Brasil que você idealiza.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
PALAVRAS RUIDOSAS
Quais são as palavras que fazem mais ruído na sua cabeça? Palavras perturbadoras, que mexem com você. Escreva uma crônica ou uma narrativa utilizando essas palavras.
Quantas? Você é que escolhe. Grife as tais palavras ruidosas à medida que for encaixando-as no seu texto.
Quantas? Você é que escolhe. Grife as tais palavras ruidosas à medida que for encaixando-as no seu texto.
BRASÍLIA CINQUENTENÁRIA
OS CINQUENTA ANOS DE BRASÍLIA
JAIME LEITÃO
Hoje, Brasília completa cinquenta anos. Não é uma idade avançada para uma pessoa, que geralmente atinge o seu auge nessa fase da vida. Muito menos para uma cidade, tão complexa e controvertida.
A primeira vez em que estive em Brasília foi na década de 1960, oito anos após a sua inauguração. Fiquei hospedado com o meu pai, tio, primo e amigos em um hotel de madeira. Restou do tempo da construção da cidade. Havia ainda um ar de renovação pairando sobre nós. Brasileiros de todas as regiões chegavam para conquistar o futuro.
A minha sensação foi de deslumbramento: a arquitetura dos palácios, as linhas curvas, os jardins, parecia um paraíso. Foi um passeio rápido que durou dois dias, mas o suficiente para me encantar com a cidade majestosa.
Dez anos depois retornei a Brasília para morar e lecionar. Cheguei à noite, em um vôo turbulento da Vasp, e me senti como se estivesse em um deserto. Onde estava a cidade que eu havia conhecido uma década antes? Eu não me encontrava no eixo monumental, mas em uma superquadra, sem esquina, e com uma arquitetura bem diferente daquela que conhecera quando fui como turista.
A frieza de Brasília me fez concluir que faltou um planejamento daquele espaço para ser um local acolhedor, humano, não ilhas setorizadas, sem comunicação entre si. Árida Brasília, cidade do poder, da burocracia, em que a vida não flui como em cidades que não foram planejadas.
Sobrevivi lá só seis meses e fui embora sem vontade de retornar nem a passeio. Continuo considerando Brasília um lugar belíssimo para se conhecer e para visitar por poucos dias. Lá, eu me sentia como um astronauta em treinamento aguardando a hora de ser lançado ao espaço. Brasília me sufocou.
O próprio Oscar Niemeyer, que arquitetou a nova capital, juntamente com Lúcio Costa e toda uma equipe idealista, reconhece que a sua idéia de criar uma cidade com menos distorções do que as demais falhou. Algumas cidades-satélite de Brasília hoje possuem população bem acima do esperado, vivendo cercadas pela violência e miséria.
A distância dos grandes centros talvez favoreça a corrupção, que há pouco se mostrou desenvolta, no escândalo do mensalão, envolvendo governador, secretários, deputados. Gostaria de utilizar a data de hoje para homenagear Brasília e Juscelino Kubistchek, mas prefiro provocar a reflexão de urbanistas e arquitetos, no sentido de propor a eles projetos para humanizar a cidade onde o poder se concentra de uma forma avassaladora, minimizando os problemas que advêm dele.
A maior obra arquitetônica de Brasília eu considero a catedral, com os anjos suspensos no azul circular dos vitrais, demonstrando uma leveza que o conjunto da cidade não aparenta. Que Brasília seja mais leve, nos próximos cinquenta anos, em todos os sentidos. É a nossa capital, e continuará sendo por muito tempo.
PROPOSTAS TEMÁTICAS:
1-Escreva uma narrativa que se passe em Brasília na época da fundação, em 1960.
2-Escreva uma narrativa que se passe em Brasília nos dias de hoje.
3-Escreva um diálogo entre uma pessoa que ama Brasília e outra que não se sentiu bem quando morou lá.
4-Escreva uma crônica sobre Brasília.
5-Escreva uma dissertação que tenha como tema: Como Brasília reflete a realidade do Brasil?
6-Se você conhece Brasília, escreva um relato das impressões que teve ao visitar essa cidade.
7-Crie um snúncio promovendo Brasília. Pode ser também um antianúncio, um anúncio crítico e irônico.
terça-feira, 20 de abril de 2010
BELO MONTE OU HORRÍVEL MONTE?
Leia estas duas frases sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que foi a leilão hoje, apesar de tanta polêmica e dos protestos de ambientalistas e de vários setores da sociedade:
1-"Um monte de estrume, encomendado especialmente pelo Greenpeace para o governo federal, é a melhor representação do que esse projeto simboliza para o país."
Do site www.greenpeace.org.
20-04-2010.
2-“Vamos fazer o leilão. Esperamos que tenha três, quatro, cinco ou mais grupos. Uma coisa as pessoas podem ficar certas, vamos fazer Belo Monte. Isso é importante ficar claro em alto e bom som: vamos fazer Belo Monte."
Presidente Lula, 08-04-2010.
A partir das duas frases acima e das notícias e artigos que provavelmente você já leu sobre a construção da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Estado do Pará,
escreva:
1-Uma dissertação que tenha como título: Belo Monte para quem?
2-Uma careta ao presidente Lula colocando-se de forma contrária à construção da Usina de Belo Monte, argumentando que será gasto dinheiro demais, com um impacto ambiental de grandes proporções.
3-Uma anúncio em nome de um grupo ambienalista protestando contra a construção da Usina de Belo Monte.
4-Escreva uma tira contra a Usina de Belo Monte.
5-Crie uma charge sobre Belo Monte.
1-"Um monte de estrume, encomendado especialmente pelo Greenpeace para o governo federal, é a melhor representação do que esse projeto simboliza para o país."
Do site www.greenpeace.org.
20-04-2010.
2-“Vamos fazer o leilão. Esperamos que tenha três, quatro, cinco ou mais grupos. Uma coisa as pessoas podem ficar certas, vamos fazer Belo Monte. Isso é importante ficar claro em alto e bom som: vamos fazer Belo Monte."
Presidente Lula, 08-04-2010.
A partir das duas frases acima e das notícias e artigos que provavelmente você já leu sobre a construção da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Estado do Pará,
escreva:
1-Uma dissertação que tenha como título: Belo Monte para quem?
2-Uma careta ao presidente Lula colocando-se de forma contrária à construção da Usina de Belo Monte, argumentando que será gasto dinheiro demais, com um impacto ambiental de grandes proporções.
3-Uma anúncio em nome de um grupo ambienalista protestando contra a construção da Usina de Belo Monte.
4-Escreva uma tira contra a Usina de Belo Monte.
5-Crie uma charge sobre Belo Monte.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
UMA CHARGE EXPLOSIVA
Proposta temática:
Escreva uma narrativa, uma dissertação ou uma crônica a partir da charge publicada hoje no site russo www.cartoon.ru.
Escreva uma narrativa, uma dissertação ou uma crônica a partir da charge publicada hoje no site russo www.cartoon.ru.
PROPOSTAS RÁPIDAS 10
Escreva pequenas narrativas que tenham os seguintes inícios:
1-Depois do terremoto...
2-Depois do vulcão...
3-Depois do furacão...
4-Depois da tempestade...
5-Depois da separação...
6-Depois do grito...
7-Depois do silêncio...
8-Depois do assalto...
9-Depois da queda...
10-Depois do voo..
1-Depois do terremoto...
2-Depois do vulcão...
3-Depois do furacão...
4-Depois da tempestade...
5-Depois da separação...
6-Depois do grito...
7-Depois do silêncio...
8-Depois do assalto...
9-Depois da queda...
10-Depois do voo..
PROPOSTAS RÁPIDAS 9
Escreva um texto argumentativo de no máximo dez linhas colocando a sua análise sobre o caos aéreo na Europa, causado pela erupção do vulcão na Islândia, a partir das últimas informações veiculadas.
PROPOSTAS RÁPIDAS 8
Em cinco minutos, escreva uma pequena narração que se passe ao meio-dia, em algum ponto da cidade. Não se esqueça do conflito. Procure marcar o tempo. Não conseguiu escrever o texto em cinco minutos? Não tem problema. Trata-se só de um exercício. Continue. Em quantos minutos você conseguiu chegar ao desfecho da trama?
EM DISCUSSÃO O BULLYING
O QUE É BULLYING?
O que diferencia uma "zoada" do bullying é a intenção daquele que provoca um colega de magoá-lo e a repetição desse comportamento ao longo do tempo. No bullying sempre existe uma clara diferença entre o mais forte e o mais fraco, que tem dificuldade de quebrar essa relação de poder desigual.
COMPORTAMENTO
Eu tenho a força
Entenda o que pensam os jovens que praticam bullying e aterrorizam os colegas mais fracos
Em São Paulo, jovem debochava da origem de uma colega para maltratá-la
TARSO ARAUJO
DA REPORTAGEM LOCAL
Mariana, 21, tinha 15 anos quando maltratou sistematicamente, e sem dó, uma colega de escola, nova em sua turma.
Ela se tornou a protagonista de uma perseguição preconceituosa em relação à origem da menina, recém-chegada da região Norte. "A gente fazia várias piadinhas sobre o Estado dela, falávamos para ela voltar para lá, fazíamos desenhos dela na lousa com uma faixa de Miss Rondônia", diz.
A vítima ia para o banheiro chorar e pedia aos pais, por telefone, para voltar para casa.
Toda essa perseguição porque, segundo Mariana, a menina era "puxa-saco" de uma professora que todos odiavam.
"Para mim, [persegui-la] era um mecanismo de defesa."
O motivo apontado pela estudante é apenas um entre os vários que levam jovens a praticar bullying, segundo especialistas e os próprios agressores.
Outras causas comuns são a inveja e o medo de perder popularidade, que fizeram Nathalia, 14, viver seu momento de vilã.
"Eu me achava a última bolacha do pacote. Aí entrou uma menina no colégio, alta, com corpo bonito e olhos claros. Os meninos olhavam para ela. Eu me senti ameaçada."
Primeiro, Nathalia criou um perfil de Orkut para espalhar boatos sobre a vida sexual da menina, dizendo que ela era "uma biscate". Logo depois começaram as agressões verbais, na própria escola.
"Ela começou a mostrar tristeza, abaixava a cabeça quando passava. Aí é que a gente ria mesmo", diz Nathalia, que considera a adesão dos colegas rindo outra causa importante de bullying.
"Se as pessoas não rissem, a gente não faria, porque fazemos para aparecer."
Cena de cinema
Por exemplo: Marcos, 15, e alguns amigos partiram para o bullying violento depois que a turma se divertiu por meses com eles zoando um colega, apelidado (por eles) de "Caquinha", em plena sala de aula.
"Nem todo o mundo fazia [o bullying], mas todo o mundo participava rindo", diz. O filme "Tropa de Elite", diz Marcos, inspirou o grupo a ser mais agressivo.
O colega agredido parou de sair da sala na hora do recreio, depois de ser alvejado com pedaços de melancia no pátio.
Marcos e os amigos iam atrás do menino sozinho na sala, cobriam sua cabeça com um saco de supermercado e lhe davam tapas no rosto e na cabeça.
"Uma vez ele chorou muito e repensei um pouquinho o que fazia: passei a dar só na cabeça."
Hoje, dois anos depois, ele considera esse comportamento "imbecil e vergonhoso". E diz que não pratica mais o bullying. "Quando a gente envelhece, perde um pouco a graça", diz.
Nathalia trilhou o mesmo caminho após a escola dar uma aula sobre bullying.
"Achava graça em fazer mal aos outros, me rebaixava tentando mostrar superioridade. Eu era ridícula. Só pensava na minha alegria, nunca na dos outros."
Fonte: Folha de São Paulo
Folhateen-19-04-2010
PROPOSTAS TEMÁTICAS:
1-Relato: Eu já pratiquei bullying.
2-Relato: Eu já fui vítima de bullying.
3-Narração: O narrador-personagem conta como sofreu com bullying na escola em que estudava.
4-Dissertação: A violência do bullying.
5-Crônica: Bullying é crueldade.
6-Carta a um ex-colega desculpando-se por ter atormentado a vida do seu interlocutor praticando bullying quando estavam na mesma classe.
7-Carta a um ex-colega expondo a sua mágoa por ter sido vítima de bullying praticado por ele quando estudavam na mesma classe.
O que diferencia uma "zoada" do bullying é a intenção daquele que provoca um colega de magoá-lo e a repetição desse comportamento ao longo do tempo. No bullying sempre existe uma clara diferença entre o mais forte e o mais fraco, que tem dificuldade de quebrar essa relação de poder desigual.
COMPORTAMENTO
Eu tenho a força
Entenda o que pensam os jovens que praticam bullying e aterrorizam os colegas mais fracos
Em São Paulo, jovem debochava da origem de uma colega para maltratá-la
TARSO ARAUJO
DA REPORTAGEM LOCAL
Mariana, 21, tinha 15 anos quando maltratou sistematicamente, e sem dó, uma colega de escola, nova em sua turma.
Ela se tornou a protagonista de uma perseguição preconceituosa em relação à origem da menina, recém-chegada da região Norte. "A gente fazia várias piadinhas sobre o Estado dela, falávamos para ela voltar para lá, fazíamos desenhos dela na lousa com uma faixa de Miss Rondônia", diz.
A vítima ia para o banheiro chorar e pedia aos pais, por telefone, para voltar para casa.
Toda essa perseguição porque, segundo Mariana, a menina era "puxa-saco" de uma professora que todos odiavam.
"Para mim, [persegui-la] era um mecanismo de defesa."
O motivo apontado pela estudante é apenas um entre os vários que levam jovens a praticar bullying, segundo especialistas e os próprios agressores.
Outras causas comuns são a inveja e o medo de perder popularidade, que fizeram Nathalia, 14, viver seu momento de vilã.
"Eu me achava a última bolacha do pacote. Aí entrou uma menina no colégio, alta, com corpo bonito e olhos claros. Os meninos olhavam para ela. Eu me senti ameaçada."
Primeiro, Nathalia criou um perfil de Orkut para espalhar boatos sobre a vida sexual da menina, dizendo que ela era "uma biscate". Logo depois começaram as agressões verbais, na própria escola.
"Ela começou a mostrar tristeza, abaixava a cabeça quando passava. Aí é que a gente ria mesmo", diz Nathalia, que considera a adesão dos colegas rindo outra causa importante de bullying.
"Se as pessoas não rissem, a gente não faria, porque fazemos para aparecer."
Cena de cinema
Por exemplo: Marcos, 15, e alguns amigos partiram para o bullying violento depois que a turma se divertiu por meses com eles zoando um colega, apelidado (por eles) de "Caquinha", em plena sala de aula.
"Nem todo o mundo fazia [o bullying], mas todo o mundo participava rindo", diz. O filme "Tropa de Elite", diz Marcos, inspirou o grupo a ser mais agressivo.
O colega agredido parou de sair da sala na hora do recreio, depois de ser alvejado com pedaços de melancia no pátio.
Marcos e os amigos iam atrás do menino sozinho na sala, cobriam sua cabeça com um saco de supermercado e lhe davam tapas no rosto e na cabeça.
"Uma vez ele chorou muito e repensei um pouquinho o que fazia: passei a dar só na cabeça."
Hoje, dois anos depois, ele considera esse comportamento "imbecil e vergonhoso". E diz que não pratica mais o bullying. "Quando a gente envelhece, perde um pouco a graça", diz.
Nathalia trilhou o mesmo caminho após a escola dar uma aula sobre bullying.
"Achava graça em fazer mal aos outros, me rebaixava tentando mostrar superioridade. Eu era ridícula. Só pensava na minha alegria, nunca na dos outros."
Fonte: Folha de São Paulo
Folhateen-19-04-2010
PROPOSTAS TEMÁTICAS:
1-Relato: Eu já pratiquei bullying.
2-Relato: Eu já fui vítima de bullying.
3-Narração: O narrador-personagem conta como sofreu com bullying na escola em que estudava.
4-Dissertação: A violência do bullying.
5-Crônica: Bullying é crueldade.
6-Carta a um ex-colega desculpando-se por ter atormentado a vida do seu interlocutor praticando bullying quando estavam na mesma classe.
7-Carta a um ex-colega expondo a sua mágoa por ter sido vítima de bullying praticado por ele quando estudavam na mesma classe.
domingo, 18 de abril de 2010
LIVRE ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS 3
1-Faça uma lista de dez palavras que você usa oralmente, todos os dias.
2-Faça agora uma lista das cinco palavras que você mais costuma repetir em suas redações.
2-Faça agora uma lista das cinco palavras que você mais costuma repetir em suas redações.
PROPOSTAS RÁPIDAS 7
Escreva um pequeno texto argumentativo (de no máximo 10 linhas) colocando as qualidades que um político precisa possuir para que se vote nele.
Considere algumas que estão abaixo, selecione as mais importantes, e coloque outras, se achar importante:
-honestidade
-carisma
-cultura
-educação
-objetividade no discurso
-credibilidade
Considere algumas que estão abaixo, selecione as mais importantes, e coloque outras, se achar importante:
-honestidade
-carisma
-cultura
-educação
-objetividade no discurso
-credibilidade
PROPOSTAS RÁPIDAS 6
Escreva um poema que tenha no seu decorrer as palavras: silêncio, descoberta, solidão, medo, aventura, explosão.
sábado, 17 de abril de 2010
PROPOSTAS RÁPIDAS 5
Escreva uma carta a um jornal, com no máximo dez linhas, reclamando do serviço de uma empresa.
LIVRE ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS 2
Relacione com cada palavra abaixo cinco palavras, as primeiras que lhe vierem à cabeça.
1-Corrupção
2-Poluição
3-Vulcão
4-Futuro
5-Impunidade
6-Tecnologia
7-Ética
8-Violência
9-Mudança
10-Espelho
1-Corrupção
2-Poluição
3-Vulcão
4-Futuro
5-Impunidade
6-Tecnologia
7-Ética
8-Violência
9-Mudança
10-Espelho
LIVRE ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS
Escreva as primeiras cinco palavras que lhe vierem à cabeça a partir dos nomes próprios abaixo.
1-Lula
2-Dilma
3-Serra
4-Marina Silva
5-Obama
6-Bush
7-Maluf
8-Chávez
9-Ahmadinejad
10-Fidel Castro
1-Lula
2-Dilma
3-Serra
4-Marina Silva
5-Obama
6-Bush
7-Maluf
8-Chávez
9-Ahmadinejad
10-Fidel Castro
ESCREVA UM DESABAFO
Escreva um desabafo. O que é um desabafo? É tirar de dentro de si algo que está abafado há muito e precisa vir à tona. É um relato específico que ajuda a liberar emoções guardadas e reprimidas.
PROPOSTAS RÁPIDAS 4
Descreva os seguintes espaços, utilizando para isso os seus sentidos e a subjetividade:
1-sala de espera de um médico ou dentista.
2-um circo decadente
3-uma sala de aula
4-fila de banco
5-rua cheia de buracos.
1-sala de espera de um médico ou dentista.
2-um circo decadente
3-uma sala de aula
4-fila de banco
5-rua cheia de buracos.
DISPARADA VERBAL
A disparada verbal nada mais é do que a escrita automática dos surrealistas, que retira lá do fundo do nosso inconsciente ideias, imagens, palavras, frases. É um exercício ótimo de soltura da imaginação e também de argumentos para um texto dissertativo.
Escreva algumas disparadas verbais, utilizando em cada uma tempo diminuto, um minuto e meio ou dois no máximo. Escreva sem parar até doer a mão, dando continuidade às frases:
1-Eu estava dentro do túnel quando...
2-Ouvi gritos perturbadores vindo da esquina...
3-A tela estava totalmente branca, mas de repente apareceu uma imagem...
4-A política brasileira...
5-O melhor caminho para uma vida saudável é...
Escreva algumas disparadas verbais, utilizando em cada uma tempo diminuto, um minuto e meio ou dois no máximo. Escreva sem parar até doer a mão, dando continuidade às frases:
1-Eu estava dentro do túnel quando...
2-Ouvi gritos perturbadores vindo da esquina...
3-A tela estava totalmente branca, mas de repente apareceu uma imagem...
4-A política brasileira...
5-O melhor caminho para uma vida saudável é...
sexta-feira, 16 de abril de 2010
PROPOSTAS RÁPIDAS 2
Em cinco linhas, responda:
De todos os fatos terríveis ocorridos neste ano, qual o que mais o perturbou? Por quê?
De todos os fatos terríveis ocorridos neste ano, qual o que mais o perturbou? Por quê?
PROPOSTAS RÁPIDAS- 1
Escreva um texto de no máximo dez linhas relatando um fato desagradável que aconteceu com você nos últimos dois meses.
BLOGUEIRO DO UOL, PRESO NA INGLATERRA, RELATA EXPERIÊNCIA
Blogueiro do UOL, preso na Inglaterra, relata experiência
Nessa vida de jornalista, já não decolei por excesso de chuva no Rio de Janeiro. Fiquei em solo por conta de fumaça de queimada na Amazônia. Por conta de dívidas de combustível de aviação em Recife. Por avião quebrado (de velho) na Indonésia. Greve de controladores aéreos em Brasília. Ameaças falsas de bomba em Angola. Aquele triste desastre em São Paulo. Um piriri em Salvador. Até turbina soltando fumacinha esquisita em Cuiabá.
Estou em Manchester, Inglaterra, e meu voo foi cancelado por causa das cinzas do vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull. Aeronave nenhuma levanta até amanhã de manhã – na melhor e mais otimista das hipóteses. E enquanto aquela massa mineral flutuante não se dissipar, eu – que, estupidamente, morro de medo de voar – não quero entrar nem por decreto em algo que vá lá em cima.
Em todos os casos que fiquei no chão, havia sempre algum responsável humano, em maior ou menor grau, envolvido – de um presidente da República que não fez a lição de casa a um idiota que comeu muito vatapá. Desta vez, não.
Assustador perceber que a gente não tem controle sobre a própria desgraça. Ou, pior. Que a gente não tem a quem culpar.
- Por Leonardo Sakamoto
Fonte: www.uol.com.br
Propostas temáticas:
1-Escreva uma narrativa em que o narrador-personagem tenha ficado preso em uma cidade por vários dias devido à erupção de um vulcão.
2-Dissertação: UM VULCÃO MAIS PODEROSO DO QUE SE PODERIA IMAGINAR
3-Crônica: Só faltava essa, um vulcão da Islândia paralisando voos na Europa e na Ásia.
Nessa vida de jornalista, já não decolei por excesso de chuva no Rio de Janeiro. Fiquei em solo por conta de fumaça de queimada na Amazônia. Por conta de dívidas de combustível de aviação em Recife. Por avião quebrado (de velho) na Indonésia. Greve de controladores aéreos em Brasília. Ameaças falsas de bomba em Angola. Aquele triste desastre em São Paulo. Um piriri em Salvador. Até turbina soltando fumacinha esquisita em Cuiabá.
Estou em Manchester, Inglaterra, e meu voo foi cancelado por causa das cinzas do vulcão da geleira de Eyjafjallajoekull. Aeronave nenhuma levanta até amanhã de manhã – na melhor e mais otimista das hipóteses. E enquanto aquela massa mineral flutuante não se dissipar, eu – que, estupidamente, morro de medo de voar – não quero entrar nem por decreto em algo que vá lá em cima.
Em todos os casos que fiquei no chão, havia sempre algum responsável humano, em maior ou menor grau, envolvido – de um presidente da República que não fez a lição de casa a um idiota que comeu muito vatapá. Desta vez, não.
Assustador perceber que a gente não tem controle sobre a própria desgraça. Ou, pior. Que a gente não tem a quem culpar.
- Por Leonardo Sakamoto
Fonte: www.uol.com.br
Propostas temáticas:
1-Escreva uma narrativa em que o narrador-personagem tenha ficado preso em uma cidade por vários dias devido à erupção de um vulcão.
2-Dissertação: UM VULCÃO MAIS PODEROSO DO QUE SE PODERIA IMAGINAR
3-Crônica: Só faltava essa, um vulcão da Islândia paralisando voos na Europa e na Ásia.
sábado, 20 de março de 2010
CARTUM SOBRE A INFLUÊNCIA DO MUNDO VIRTUAL SOBRE O REAL
Fonte: www.cartoon.ru
PROPOSTAS TEMÁTICAS:
1-Dissertação a partir o cartum acima Dê um título ao seu texto.
2-Narração que se passe em um futuro não muito distante, em que o narrador-personagem conta como é viver em um mundo dominado pelos computadores.
3-Carta a um amigo virtual contando a ele que acabou de terminar o relacionamento de um ano com a sua namorada virtual.
domingo, 14 de março de 2010
A ÚLTIMA CHARGE DE GLAUCO PUBLICADA NA FOLHA
Fonte: Folha de São Paulo- dia 9-3-2010
Glauco, um dos maiores nomes do humor gráfico no Brasil, foi brutalmente assassinado na noite da última quinta-feira, dia 10.
Propostas temáticas:
1-Dissertação a partir da charge de Glauco.
2-Crônica que tenha como título: Os assaltantes dos cofres públicos.
3-Dissertação sobre os assassinatos de Glauco e de seu filho Raoni, relacionando-os com a violência no País.
Glauco, um dos maiores nomes do humor gráfico no Brasil, foi brutalmente assassinado na noite da última quinta-feira, dia 10.
Propostas temáticas:
1-Dissertação a partir da charge de Glauco.
2-Crônica que tenha como título: Os assaltantes dos cofres públicos.
3-Dissertação sobre os assassinatos de Glauco e de seu filho Raoni, relacionando-os com a violência no País.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
MERGULHE NO POEMA DE JORGE LUÍS BORGES
Foto extraída do site: animais.com.sapo.pt
O OUTRO TIGRE
Ele irá por sua selva e sua manhã
E deixará seu rastro na lodosa
Margem de um rio cujo nome ignora
(Em seu mundo não há nomes nem passado,
E não há futuro, só um instante certo).
Jorge Luís Borges (1899-1986) é considerado o maior escritor argentino de todos os tempos.
Propostas temáticas:
1-Narração que tenha como narrador-personagem o próprio tigre.
2-Dissertação a partir do verso: "E não há futuro, só um instante certo."
3-Dissertação: A selva do homem é diferente da selva do tigre.
Ele irá por sua selva e sua manhã
E deixará seu rastro na lodosa
Margem de um rio cujo nome ignora
(Em seu mundo não há nomes nem passado,
E não há futuro, só um instante certo).
Jorge Luís Borges (1899-1986) é considerado o maior escritor argentino de todos os tempos.
Propostas temáticas:
1-Narração que tenha como narrador-personagem o próprio tigre.
2-Dissertação a partir do verso: "E não há futuro, só um instante certo."
3-Dissertação: A selva do homem é diferente da selva do tigre.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
OS ESPAÇOS EM NOSSAS VIDAS
“Os lugares são bons e ai de quem não tenha o seu, congênito e natural. Mas os lugares nos aprisionam, são raízes que amarram a vontade da asa”.
Mia Couto, poeta moçambicano
Propostas temáticas:
1-Narração: O narrador-personagem se sente aprisionado em um apartamento pequeno e aos poucos vai melhorando de vida e comprando casas maiores, até ir morar sozinho em uma casa de trinta cômodos. Acaba sendo aprisionado pela solidão, que se mostra muito maior na casa gigantesca.
2-Dissertação: É possível romper com as raízes e voar rumo a um espaço de extrema liberdade?
3-Carta ao marido comunicando a ele a sua necessidade de viver sozinha para descobrir a própria identidade. Não significa necessariamente um rompimento definitivo, mas a busca de um espaço para respirar mais livremente.
Mia Couto, poeta moçambicano
Propostas temáticas:
1-Narração: O narrador-personagem se sente aprisionado em um apartamento pequeno e aos poucos vai melhorando de vida e comprando casas maiores, até ir morar sozinho em uma casa de trinta cômodos. Acaba sendo aprisionado pela solidão, que se mostra muito maior na casa gigantesca.
2-Dissertação: É possível romper com as raízes e voar rumo a um espaço de extrema liberdade?
3-Carta ao marido comunicando a ele a sua necessidade de viver sozinha para descobrir a própria identidade. Não significa necessariamente um rompimento definitivo, mas a busca de um espaço para respirar mais livremente.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
O DOPING CADA VEZ MAIS SOFISTICADO
O DOPING GENÉTICO
JAIME LEITÃO
Os atletas, pelo menos grande parte deles, utilizam todos os seus recursos para vencer. Seria normal agir dessa forma se os recursos procurados não fossem lesivos à saúde e às regras de civilidade e de respeito aos adversários. Mas o doping, usado por atletas de todas as categorias, principalmente os de ponta, cada vez mais se sofistica e está invadindo o terreno da genética.
O bioeticista Mark Frankel, da Associação Americana para o Avanço da Ciência, afirmou em entrevista à “Folha” no domingo último que o doping genético deverá ser usado na Olimpíada de 2016, no Rio.
Esse doping é feito utilizando-se a geneterapia, que consiste em inserir com a ajuda de um vírus genes normais no lugar de genes defeituosos em portadores de doenças genéticas. O problema é o mau uso dessa técnica para melhorar o desempenho artificialmente -usando um trecho de DNA, que leve à fabricação de hormônios com o objetivo de turbinar os músculos, ou outro que provoque um aumento também artificial dos glóbulos vermelhos.
Há dois problemas aí: o primeiro é transformar a Olimpíada e outras competições em uma disputa de atletas “bombados”, artificiais, robôs, que ganharão medalhas sem merecê-las. Em segundo, esse tratamento em pessoas saudáveis poderá causar doenças graves e até a morte dos atletas. Para Frankel, a Olimpíada do Rio, em 2016, corre sério risco de ficar marcada por esse tipo de doping. Já há atletas procurando cientistas buscando tratamentos experimentais para melhorar o rendimento. Aí é que entra o doping genético , que ainda não pode ser detectado em nenhum tipo de exame.
Os cientistas éticos correm contra o relógio para evitar que na Olimpíada de Londres, em 2012, e, principalmente, na Olimpíada do Rio, em 2016, essa nova modalidade de doping seja utilizada em larga escala. Tudo indica que será usada, mas o objetivo dos cientistas é fiscalizar duramente e punir os “dopados genéticos” para não estragar o brilho da competição.
Enquanto isso, os cientistas não-éticos, muito mais interessados nos resultados das suas pesquisas do que em saber em que utiliza as novas descobertas e para que fins, abrem um espaço perigoso para que o esporte se transforme em uma disputa de atletas artificiais ao extremo, com músculos fabricados em laboratório e um rendimento que será mérito do cientista e não do atleta. Será a ficção científica entrando na realidade de forma assustadora. É um excelente tema para um filme hollywoodiano. Uma Olimpíada de atletas com genes modificados artificialmente, explodindo durante uma corrida como se fossem bombas humanas.
Quem garante que na última Olimpíada de Pequim alguns atletas já não utilizaram o doping genético? A beleza do esporte reside no esforço de cada um, não no uso de recursos estranhos e criminosos.
Propostas temáticas:
1-Narração: O narrador-personagem conta do seu arrependimento de ter dopado geneticamente muitos atletas, causando problemas de saúde sérios em vários deles.
2-Dissertação: O futuro do esporte ameaçado pelo doping genético.
3-Crônica: Só faltava essa: doping genético.
JAIME LEITÃO
Os atletas, pelo menos grande parte deles, utilizam todos os seus recursos para vencer. Seria normal agir dessa forma se os recursos procurados não fossem lesivos à saúde e às regras de civilidade e de respeito aos adversários. Mas o doping, usado por atletas de todas as categorias, principalmente os de ponta, cada vez mais se sofistica e está invadindo o terreno da genética.
O bioeticista Mark Frankel, da Associação Americana para o Avanço da Ciência, afirmou em entrevista à “Folha” no domingo último que o doping genético deverá ser usado na Olimpíada de 2016, no Rio.
Esse doping é feito utilizando-se a geneterapia, que consiste em inserir com a ajuda de um vírus genes normais no lugar de genes defeituosos em portadores de doenças genéticas. O problema é o mau uso dessa técnica para melhorar o desempenho artificialmente -usando um trecho de DNA, que leve à fabricação de hormônios com o objetivo de turbinar os músculos, ou outro que provoque um aumento também artificial dos glóbulos vermelhos.
Há dois problemas aí: o primeiro é transformar a Olimpíada e outras competições em uma disputa de atletas “bombados”, artificiais, robôs, que ganharão medalhas sem merecê-las. Em segundo, esse tratamento em pessoas saudáveis poderá causar doenças graves e até a morte dos atletas. Para Frankel, a Olimpíada do Rio, em 2016, corre sério risco de ficar marcada por esse tipo de doping. Já há atletas procurando cientistas buscando tratamentos experimentais para melhorar o rendimento. Aí é que entra o doping genético , que ainda não pode ser detectado em nenhum tipo de exame.
Os cientistas éticos correm contra o relógio para evitar que na Olimpíada de Londres, em 2012, e, principalmente, na Olimpíada do Rio, em 2016, essa nova modalidade de doping seja utilizada em larga escala. Tudo indica que será usada, mas o objetivo dos cientistas é fiscalizar duramente e punir os “dopados genéticos” para não estragar o brilho da competição.
Enquanto isso, os cientistas não-éticos, muito mais interessados nos resultados das suas pesquisas do que em saber em que utiliza as novas descobertas e para que fins, abrem um espaço perigoso para que o esporte se transforme em uma disputa de atletas artificiais ao extremo, com músculos fabricados em laboratório e um rendimento que será mérito do cientista e não do atleta. Será a ficção científica entrando na realidade de forma assustadora. É um excelente tema para um filme hollywoodiano. Uma Olimpíada de atletas com genes modificados artificialmente, explodindo durante uma corrida como se fossem bombas humanas.
Quem garante que na última Olimpíada de Pequim alguns atletas já não utilizaram o doping genético? A beleza do esporte reside no esforço de cada um, não no uso de recursos estranhos e criminosos.
Propostas temáticas:
1-Narração: O narrador-personagem conta do seu arrependimento de ter dopado geneticamente muitos atletas, causando problemas de saúde sérios em vários deles.
2-Dissertação: O futuro do esporte ameaçado pelo doping genético.
3-Crônica: Só faltava essa: doping genético.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
AS ARMADILHAS TELEFÔNICAS
VOCÊ FOI SELECIONADO?
JAIME LEITÃO
Se você foi selecionado para receber um presente, a partir de uma ligação telefônica, tome cuidado. Está cada vez mais comum receber telefonemas de pessoas que dizem, do outro lado da linha que, depois de uma análise minuciosa do seu cadastro, você foi selecionado entre milhares de pessoas para receber um cartão de crédito sem anuidade. E se você diz que não tem interesse, a interlocutora pergunta o motivo, já que você está entre os escolhidos pelo sistema que examina cuidadosamente o seu histórico bancário e se há alguma pendência no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Quando você reafirma a sua falta de interesse , já que possui um outro cartão, a interlocutora diz um obrigado e um passe bem lacônico e salvador.
Ultimamente tenho recebido ligações que me oferecem uma verba para fazer um curso técnico de reciclagem em qualquer área,que virá de recursos que estão disponíveis para eu utilizar da que eu considerar a melhor. E ela me explica que esses recursos vêm de empresas e do governo que estão financiando quem tenha interesse em se qualificar para preencher vagas ociosas nos mais diversos setores.
Tudo muito vago. Quando afirmo que não estou me qualificando atualmente para assumir essas vagas em alguma empresa, já que sou professor há trinta anos e não pretendo mudar de área, ela me oferece um curso de inglês, de alemão ou de mandarim. Quando demonstro de novo não querer receber essa gentileza, nem me aprofundar no assunto, ela me diz que posso repassar o curso para um filho, sobrinho, primo, amigo. É a maravilha da distribuição de verbas. Verbas para todos, para que os brasileiros se qualifiquem em qualquer área para no futuro todos se encaixarem nas empresas, e a relação vagas-empregos chegar a um ponto de equilíbrio como nunca houve.
Até parece que estamos voltando à época da ditadura, do milagre brasileiro. O milagre voltou, estamos todos querendo ser escolhidos para a novidade que irão nos oferecer na próxima ligação: título de sócio-proprietário de um resort em uma praia deserta, que deixará de ser deserta depois que todos os selecionados para fazerem parte dessa sociedade forem escolhidos; assinatura grátis de uma revista que será lançada no ano que vem, tendo que pagar só a entrada, que equivale a dois anos de assinatura; cursos e mais cursos à distância, com desconto de 80%.
Os nossos nomes estão rodando em arquivos virtuais que se cruzam e que são vendidos para aqueles que preparam os mais ardilosos planos para nos conquistar, para nos oferecer cartões com todas as vantagens possíveis e impossíveis, que são as que convencem mais. E o incrível é que muita gente se acredita escolhido, selecionado, e ainda agradece por passar a fazer parte desse mundo fechado daqueles que crêem em tudo, principalmente no inacreditável e no inverossímil.
Propostas temáticas:
1-Narração: o narrador-personagem conta como foi vítima de um golpe telefônico.
2-Dissertação: O perigo dos golpes telefônicos.
3-Crônica: Presentes milagrosos? Tô fora.
JAIME LEITÃO
Se você foi selecionado para receber um presente, a partir de uma ligação telefônica, tome cuidado. Está cada vez mais comum receber telefonemas de pessoas que dizem, do outro lado da linha que, depois de uma análise minuciosa do seu cadastro, você foi selecionado entre milhares de pessoas para receber um cartão de crédito sem anuidade. E se você diz que não tem interesse, a interlocutora pergunta o motivo, já que você está entre os escolhidos pelo sistema que examina cuidadosamente o seu histórico bancário e se há alguma pendência no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Quando você reafirma a sua falta de interesse , já que possui um outro cartão, a interlocutora diz um obrigado e um passe bem lacônico e salvador.
Ultimamente tenho recebido ligações que me oferecem uma verba para fazer um curso técnico de reciclagem em qualquer área,que virá de recursos que estão disponíveis para eu utilizar da que eu considerar a melhor. E ela me explica que esses recursos vêm de empresas e do governo que estão financiando quem tenha interesse em se qualificar para preencher vagas ociosas nos mais diversos setores.
Tudo muito vago. Quando afirmo que não estou me qualificando atualmente para assumir essas vagas em alguma empresa, já que sou professor há trinta anos e não pretendo mudar de área, ela me oferece um curso de inglês, de alemão ou de mandarim. Quando demonstro de novo não querer receber essa gentileza, nem me aprofundar no assunto, ela me diz que posso repassar o curso para um filho, sobrinho, primo, amigo. É a maravilha da distribuição de verbas. Verbas para todos, para que os brasileiros se qualifiquem em qualquer área para no futuro todos se encaixarem nas empresas, e a relação vagas-empregos chegar a um ponto de equilíbrio como nunca houve.
Até parece que estamos voltando à época da ditadura, do milagre brasileiro. O milagre voltou, estamos todos querendo ser escolhidos para a novidade que irão nos oferecer na próxima ligação: título de sócio-proprietário de um resort em uma praia deserta, que deixará de ser deserta depois que todos os selecionados para fazerem parte dessa sociedade forem escolhidos; assinatura grátis de uma revista que será lançada no ano que vem, tendo que pagar só a entrada, que equivale a dois anos de assinatura; cursos e mais cursos à distância, com desconto de 80%.
Os nossos nomes estão rodando em arquivos virtuais que se cruzam e que são vendidos para aqueles que preparam os mais ardilosos planos para nos conquistar, para nos oferecer cartões com todas as vantagens possíveis e impossíveis, que são as que convencem mais. E o incrível é que muita gente se acredita escolhido, selecionado, e ainda agradece por passar a fazer parte desse mundo fechado daqueles que crêem em tudo, principalmente no inacreditável e no inverossímil.
Propostas temáticas:
1-Narração: o narrador-personagem conta como foi vítima de um golpe telefônico.
2-Dissertação: O perigo dos golpes telefônicos.
3-Crônica: Presentes milagrosos? Tô fora.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
DOIS MODOS DE AGIR OPOSTOS
LENTIDÃO E AGILIDADE
JAIME LEITÃO
Ao pensarmos nas palavras lentidão e morosidade, já nos vem uma sensação de moleza, tédio e dá vontade de bocejar aquele bocejo longo. O nosso organismo parece que se prepara para não agir diante dessa idéia. Já a palavra agilidade nos mobiliza, nos põe em movimento, em ação.
O que desencadeou a abordagem desse tema hoje foi a declaração do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, que afirmou na cerimônia de abertura dos trabalhos do Poder legislativo em 2010 que a morosidade da Justiça é um mito.
Senhor ministro, com todo respeito, a nossa Justiça é ágil então? Só se a palavra ágil mudou completamente de significado. Como explicar os milhares de processos engavetados há anos, esperando julgamento em todas as instâncias? A Justiça no Brasil é tartaruga sim, com artrite e outras ites. Pode ser que, a partir de agora, com a informatização que está sendo posta em prática, a Justiça finalmente caminhe em passos mais rápidos. Mas para que isso aconteça é necessário mudar no Legislativo leis que abrem espaços para apelações quase sem fim.
A palavra lentidão também me faz lembrar fila de banco. Já deixei de ter conta em alguns bancos por causa da fila lerda, põe lerda nisso. Com as leis que existem obrigando as filas a andar mais rápido, o problema persiste na maioria dos bancos. Eu só conheço um que é ágil. Não vou dizer qual é aqui porque não faço propaganda neste espaço.
Mais lentidão? Do Poder Público para resolver problemas em setores como a saúde, por exemplo. São feitos concursos para contratar médicos, as vagas não são preenchidas em várias cidades por causa do baixo salário. Se o problema é esse, é necessário aumentar os salários. Algumas prefeituras terceirizam o serviço, que nem sempre é garantia de melhor atendimento, mas pode representar custo muito mais alto do que se o médico fosse contratado diretamente, ganhando um salário maior. Falta agilidade para resolver questões antigas e mais do que sabidas, mas se insiste em manter o problema vigorando, deixando a vida de quem depende desses serviços em situação deplorável.
Agilidade do Poder Público pressupõe solução, resultado. Morosidade está ligada à ideia de burocracia, de procrastinação, de enrolação. Se há algo a ser resolvido, que se resolva . Nenhum discurso e nenhuma desculpa tamparão um buraco na rua. Só asfalto de boa qualidade é que fará esse serviço. Porque se for de má qualidade, o buraco voltará com a próxima chuva, daqui a pouco.
Lentidão no Brasil não é mito não. Gostaria muito que fosse, mas, infelizmente, é a mais pura realidade e serve para que muitos representantes nossos se escondam em argumentos que falam em falta de recursos para adiar por um tempo indeterminado o que espera para ser resolvido em um futuro breve, com data marcada: dia, mês e ano, não em um futuro remoto.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: A lentidão que emperra o país em muitos setores.
2-Narração: O narrador-personagem conta como a lentidão da Justiça lhe causou uma série de danos.
3-Carta ao presidente do STF Gilmar Mendes questionando a afirmação dele de que a lentidão da Justiça não passa de mito.
JAIME LEITÃO
Ao pensarmos nas palavras lentidão e morosidade, já nos vem uma sensação de moleza, tédio e dá vontade de bocejar aquele bocejo longo. O nosso organismo parece que se prepara para não agir diante dessa idéia. Já a palavra agilidade nos mobiliza, nos põe em movimento, em ação.
O que desencadeou a abordagem desse tema hoje foi a declaração do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, que afirmou na cerimônia de abertura dos trabalhos do Poder legislativo em 2010 que a morosidade da Justiça é um mito.
Senhor ministro, com todo respeito, a nossa Justiça é ágil então? Só se a palavra ágil mudou completamente de significado. Como explicar os milhares de processos engavetados há anos, esperando julgamento em todas as instâncias? A Justiça no Brasil é tartaruga sim, com artrite e outras ites. Pode ser que, a partir de agora, com a informatização que está sendo posta em prática, a Justiça finalmente caminhe em passos mais rápidos. Mas para que isso aconteça é necessário mudar no Legislativo leis que abrem espaços para apelações quase sem fim.
A palavra lentidão também me faz lembrar fila de banco. Já deixei de ter conta em alguns bancos por causa da fila lerda, põe lerda nisso. Com as leis que existem obrigando as filas a andar mais rápido, o problema persiste na maioria dos bancos. Eu só conheço um que é ágil. Não vou dizer qual é aqui porque não faço propaganda neste espaço.
Mais lentidão? Do Poder Público para resolver problemas em setores como a saúde, por exemplo. São feitos concursos para contratar médicos, as vagas não são preenchidas em várias cidades por causa do baixo salário. Se o problema é esse, é necessário aumentar os salários. Algumas prefeituras terceirizam o serviço, que nem sempre é garantia de melhor atendimento, mas pode representar custo muito mais alto do que se o médico fosse contratado diretamente, ganhando um salário maior. Falta agilidade para resolver questões antigas e mais do que sabidas, mas se insiste em manter o problema vigorando, deixando a vida de quem depende desses serviços em situação deplorável.
Agilidade do Poder Público pressupõe solução, resultado. Morosidade está ligada à ideia de burocracia, de procrastinação, de enrolação. Se há algo a ser resolvido, que se resolva . Nenhum discurso e nenhuma desculpa tamparão um buraco na rua. Só asfalto de boa qualidade é que fará esse serviço. Porque se for de má qualidade, o buraco voltará com a próxima chuva, daqui a pouco.
Lentidão no Brasil não é mito não. Gostaria muito que fosse, mas, infelizmente, é a mais pura realidade e serve para que muitos representantes nossos se escondam em argumentos que falam em falta de recursos para adiar por um tempo indeterminado o que espera para ser resolvido em um futuro breve, com data marcada: dia, mês e ano, não em um futuro remoto.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: A lentidão que emperra o país em muitos setores.
2-Narração: O narrador-personagem conta como a lentidão da Justiça lhe causou uma série de danos.
3-Carta ao presidente do STF Gilmar Mendes questionando a afirmação dele de que a lentidão da Justiça não passa de mito.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
A AÇÃO DA JUSTIÇA
A PRISÃO DE ARRUDA
JAIME LEITÃO
Ao contrário do que teria afirmado o presidente Lula , em notícia na “Folha” na edição de ontem, a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, agora afastado, decidida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) a pedido da Procuradoria Geral da República , é boa para o país e para a política. Lula negou em seguida que tenha falado isso , mas, tenha dito ou não, a verdade é que não dá mais para pôr panos quentes em escândalos que extravasam e exibem um governador, deputados e assessores recebendo dinheiro da forma mais deslavada possível. Todos devem ser tratados de forma igual, independente do cargo que ocupam.
Tudo veio à tona em novembro de 2009, quando o Ministério Público Federal e a PF deflagraram a Operação Caixa de Pandora, para apurar suposto caixa dois no governo de Arruda. O que se descobriu foi algo assombroso: o ex-secretário Durval Barbosa gravou o governador recebendo R$ 50 mil e deputados guardando notas em bolsos e meias, com a maior naturalidade.
O que mais chocou foi a desculpa de que toda aquela dinheirama era para comprar panetones para a população carente. Depois disso, o que se viu foram protestos e mais protestos, que incluíam quase sempre farta distribuição de panetone.
A cada dia que passava, sem que nada de concreto acontecesse contra os envolvidos nessa trama sórdida, mais posavam de vítimas, como se houvesse um complô contra eles. E estudantes que protestavam eram violentamente repelidos pela polícia, a mando do governador.
Mesmo com tanto barulho gerado pela distribuição de dinheiro, o governador e os deputados continuavam encenando uma normalidade que não havia. Um novo flagrante ,que pegou com a mão na massa o conselheiro do metrô do Distrito Federal Antônio Bento da Silva, entregando R$ 200 mil para Edson Sombra, testemunha do mensalão de Brasília, enveredou a administração de Arruda em um labirinto insustentável.Em um país em que os políticos são colocados numa condição privilegiada, quando se trata de cumprir o que determina a lei, a prisão do governador afastado José Roberto Arruda e de outros envolvidos tem um significado emblemático. Que não seja um fato isolado, mas represente um novo ciclo na democracia brasileira, que faça com que aqueles que lidam com o dinheiro público ajam com mais seriedade, não pensando em levar vantagem, como tem sido tantas vezes.
Se nada acontecesse aos envolvidos no escândalo de Brasília, a democracia brasileira estaria seriamente comprometida e, com ela, todas as instituições que têm a obrigação de preservar a dignidade do País e, por conseqüência, a nossa.
É insuportável ouvir e ver declarações de políticos acusados de desvios de dinheiro público posando de bons moços, como se receber propinas fosse o correto, não o contrário. O País respira hoje um pouco mais aliviado.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O significado para o País da prisão do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
2-Narração: Um desempregado, confundido com um ladrão, ficou preso por um ano e conta como foram os seus dias na cadeia.
3-Crônica: Político preso no Brasil ainda é uma raridade.
JAIME LEITÃO
Ao contrário do que teria afirmado o presidente Lula , em notícia na “Folha” na edição de ontem, a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, agora afastado, decidida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) a pedido da Procuradoria Geral da República , é boa para o país e para a política. Lula negou em seguida que tenha falado isso , mas, tenha dito ou não, a verdade é que não dá mais para pôr panos quentes em escândalos que extravasam e exibem um governador, deputados e assessores recebendo dinheiro da forma mais deslavada possível. Todos devem ser tratados de forma igual, independente do cargo que ocupam.
Tudo veio à tona em novembro de 2009, quando o Ministério Público Federal e a PF deflagraram a Operação Caixa de Pandora, para apurar suposto caixa dois no governo de Arruda. O que se descobriu foi algo assombroso: o ex-secretário Durval Barbosa gravou o governador recebendo R$ 50 mil e deputados guardando notas em bolsos e meias, com a maior naturalidade.
O que mais chocou foi a desculpa de que toda aquela dinheirama era para comprar panetones para a população carente. Depois disso, o que se viu foram protestos e mais protestos, que incluíam quase sempre farta distribuição de panetone.
A cada dia que passava, sem que nada de concreto acontecesse contra os envolvidos nessa trama sórdida, mais posavam de vítimas, como se houvesse um complô contra eles. E estudantes que protestavam eram violentamente repelidos pela polícia, a mando do governador.
Mesmo com tanto barulho gerado pela distribuição de dinheiro, o governador e os deputados continuavam encenando uma normalidade que não havia. Um novo flagrante ,que pegou com a mão na massa o conselheiro do metrô do Distrito Federal Antônio Bento da Silva, entregando R$ 200 mil para Edson Sombra, testemunha do mensalão de Brasília, enveredou a administração de Arruda em um labirinto insustentável.Em um país em que os políticos são colocados numa condição privilegiada, quando se trata de cumprir o que determina a lei, a prisão do governador afastado José Roberto Arruda e de outros envolvidos tem um significado emblemático. Que não seja um fato isolado, mas represente um novo ciclo na democracia brasileira, que faça com que aqueles que lidam com o dinheiro público ajam com mais seriedade, não pensando em levar vantagem, como tem sido tantas vezes.
Se nada acontecesse aos envolvidos no escândalo de Brasília, a democracia brasileira estaria seriamente comprometida e, com ela, todas as instituições que têm a obrigação de preservar a dignidade do País e, por conseqüência, a nossa.
É insuportável ouvir e ver declarações de políticos acusados de desvios de dinheiro público posando de bons moços, como se receber propinas fosse o correto, não o contrário. O País respira hoje um pouco mais aliviado.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O significado para o País da prisão do governador afastado do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
2-Narração: Um desempregado, confundido com um ladrão, ficou preso por um ano e conta como foram os seus dias na cadeia.
3-Crônica: Político preso no Brasil ainda é uma raridade.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
PROFESSORAS OU MONSTROS?
JAIME LEITÃO
Imagens terríveis foram exibidas ontem no Jornal Hoje, da Rede Globo. Professoras de uma creche em São José do Rio Preto apareceram agredindo várias crianças, entre um e dois anos, com sopapos, empurrões e outras modalidades de violência. As três professoras, flagradas na câmera que permaneceu instalada lá durante vinte dias, devido a denúncias de funcionários, foram demitidas por justa causa, mas precisam receber punições mais severas, já que agiram como monstros não como professoras.
Crianças ficam em creche para brincar, ser bem tratadas, bem alimentadas, preenchendo o vazio representado pela ausência dos pais, que estão trabalhando e confiaram à creche a guarda de seus filhos. A diretora, que afirmou desconhecer as cenas de tortura lá ocorridas, pecou pelo menos por omissão e também não pode ser isentada de responsabilidade.
É comum pessoas sem nenhuma formação pedagógica para lidar com crianças alugar casas ou mesmo utilizar imóveis de sua propriedade para transformar em creches ou em casas de repouso para idosos. Só que o foco primeiro não deve ser o lucro, mas o cuidado com seres humanos que estão sob os cuidados dessas pessoas.
É necessário fiscalizar as creches, sejam privadas ou públicas, para verificar a higiene, a qualidade dos alimentos e, principalmente, o tratamento que as crianças recebem. Volta e meia vemos cenas de crianças sendo agredidas por babás na própria casa, idosos abandonados em camas de asilos, em condições terríveis. De que adianta termos um Estatuto do Idoso e um da Criança e do Adolescente, com garantias de respeito a ambos, se na prática isso não é muitas vezes seguido?
Há creches e casas de idosos que funcionam sem autorização. Cada administração municipal tem a obrigação de investigar e monitorar quantas são essas casas e como são administradas. Denunciar maus-tratos também é dever de todo cidadão.
Saber que crianças e idosos são tratados com a maior negligência é motivo de sobra para cobrar das autoridades providências urgentes. Quando crianças não são colocadas em creches, por falta de vagas nas públicas, ou de recursos, nas particulares, ficam à mercê de irmãos mais velhos ou de padrastos que são capazes de cometer violência dentro de casa.
As imagens de São José do Rio Preto deveriam servir de alerta para que cenas cruéis como essa nunca mais se repitam. E se as “professoras” permanecerem impunes, isso representará um estímulo para que novas monstruosidades aconteçam.
Uma sociedade perversa é aquela que não combate a monstruosidade de seus membros na raiz. As crianças agredidas de São José do Rio Preto necessitam de atendimento psicológico que minimize o trauma que sofreram. É tão perverso agredir as crianças quanto negar a elas retaguarda em forma de tratamento.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: Para cuidar de crianças em uma creche, é necessário ter formação.
2-Dissertação: Por que a educação pública no Brasil deixa tanto a desejar?
3-Narração: O narrador-personagem é a mãe de uma das crianças que era espancada em uma creche.
4-Crônica: Crianças ainda são muito maltratadas neste país.
5-Dissertação: Para tratar de idosos em uma clínica ou casa de repouso, é necessário ter formação.
JAIME LEITÃO
Imagens terríveis foram exibidas ontem no Jornal Hoje, da Rede Globo. Professoras de uma creche em São José do Rio Preto apareceram agredindo várias crianças, entre um e dois anos, com sopapos, empurrões e outras modalidades de violência. As três professoras, flagradas na câmera que permaneceu instalada lá durante vinte dias, devido a denúncias de funcionários, foram demitidas por justa causa, mas precisam receber punições mais severas, já que agiram como monstros não como professoras.
Crianças ficam em creche para brincar, ser bem tratadas, bem alimentadas, preenchendo o vazio representado pela ausência dos pais, que estão trabalhando e confiaram à creche a guarda de seus filhos. A diretora, que afirmou desconhecer as cenas de tortura lá ocorridas, pecou pelo menos por omissão e também não pode ser isentada de responsabilidade.
É comum pessoas sem nenhuma formação pedagógica para lidar com crianças alugar casas ou mesmo utilizar imóveis de sua propriedade para transformar em creches ou em casas de repouso para idosos. Só que o foco primeiro não deve ser o lucro, mas o cuidado com seres humanos que estão sob os cuidados dessas pessoas.
É necessário fiscalizar as creches, sejam privadas ou públicas, para verificar a higiene, a qualidade dos alimentos e, principalmente, o tratamento que as crianças recebem. Volta e meia vemos cenas de crianças sendo agredidas por babás na própria casa, idosos abandonados em camas de asilos, em condições terríveis. De que adianta termos um Estatuto do Idoso e um da Criança e do Adolescente, com garantias de respeito a ambos, se na prática isso não é muitas vezes seguido?
Há creches e casas de idosos que funcionam sem autorização. Cada administração municipal tem a obrigação de investigar e monitorar quantas são essas casas e como são administradas. Denunciar maus-tratos também é dever de todo cidadão.
Saber que crianças e idosos são tratados com a maior negligência é motivo de sobra para cobrar das autoridades providências urgentes. Quando crianças não são colocadas em creches, por falta de vagas nas públicas, ou de recursos, nas particulares, ficam à mercê de irmãos mais velhos ou de padrastos que são capazes de cometer violência dentro de casa.
As imagens de São José do Rio Preto deveriam servir de alerta para que cenas cruéis como essa nunca mais se repitam. E se as “professoras” permanecerem impunes, isso representará um estímulo para que novas monstruosidades aconteçam.
Uma sociedade perversa é aquela que não combate a monstruosidade de seus membros na raiz. As crianças agredidas de São José do Rio Preto necessitam de atendimento psicológico que minimize o trauma que sofreram. É tão perverso agredir as crianças quanto negar a elas retaguarda em forma de tratamento.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: Para cuidar de crianças em uma creche, é necessário ter formação.
2-Dissertação: Por que a educação pública no Brasil deixa tanto a desejar?
3-Narração: O narrador-personagem é a mãe de uma das crianças que era espancada em uma creche.
4-Crônica: Crianças ainda são muito maltratadas neste país.
5-Dissertação: Para tratar de idosos em uma clínica ou casa de repouso, é necessário ter formação.
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
CARNAVAL DE IDEIAS
A mente humana é carnavalizada, nela cabem os mais variados pensamentos e sentimentos. Depende de cada um de nós escolher a comissão de frente que abra o samba das nossas ideias, para que possamos ir em um ritmo alegre, dinâmico, evitando que se perca a unidade e tudo fique fragmentado na avenida, com carros alegóricos chocando-se uns com os outros, comprometendo a evolução e um trabalho de muitos anos de construção e de busca.
Jaime Leitão
Propostas temáticas:
1-Dissertação: A mente carnavalizada.
2-Narração: O narrador-personagem volta à infância, em "flashbacks", e descobre como o carnaval naquela época e a falta dele, em sentido figurado, no presente, têm relação com a sua mudança de comportamento, de alegre a amargo, no decorrer dos anos.
3-Crônica: Um carnaval dentro de mim.
4-Dissertação: Carnavalizar a vida para fugir da rotina que esmaga.
5-Carta a um amigo ou amiga, fazendo um convite para uma viagem durante o carnaval bem longe da folia.
Jaime Leitão
Propostas temáticas:
1-Dissertação: A mente carnavalizada.
2-Narração: O narrador-personagem volta à infância, em "flashbacks", e descobre como o carnaval naquela época e a falta dele, em sentido figurado, no presente, têm relação com a sua mudança de comportamento, de alegre a amargo, no decorrer dos anos.
3-Crônica: Um carnaval dentro de mim.
4-Dissertação: Carnavalizar a vida para fugir da rotina que esmaga.
5-Carta a um amigo ou amiga, fazendo um convite para uma viagem durante o carnaval bem longe da folia.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
FRASE INTRIGANTE
"Em algum lugar, algo incrível espera para ser conhecido."
Carl Sagan (1934-1996), astrônomo norte-americano.
Propostas temáticas:
1-Narração: O narrador-personagem chega a um lugar completamente estranho e surpreendente, da maneira mais inusitada possível. Como ele chegou lá? Que lugar é esse? E o que aconteceu de extraordinário que modificou tanto a vida do narrador?
2-Dissertação: "Estamos tão envolvidos na nossa rotina alienante, que não vemos o extraordinário que passa diante de nós e que poderia nos transformar profundamente."
JL
3-Poema que tenha como tema: O lugar mais incrível do universo.
Carl Sagan (1934-1996), astrônomo norte-americano.
Propostas temáticas:
1-Narração: O narrador-personagem chega a um lugar completamente estranho e surpreendente, da maneira mais inusitada possível. Como ele chegou lá? Que lugar é esse? E o que aconteceu de extraordinário que modificou tanto a vida do narrador?
2-Dissertação: "Estamos tão envolvidos na nossa rotina alienante, que não vemos o extraordinário que passa diante de nós e que poderia nos transformar profundamente."
JL
3-Poema que tenha como tema: O lugar mais incrível do universo.
FRASES PROVOCATIVAS
"A vida é muito mais variada, anárquica e imprevisível do que sonham os ideólogos."
Paulo Francis (1930-1997), jornalista e escritor.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: Os ideólogos não passam de chatos e pretensiosos que, na primeira oportunidade, negam na prática toda a ideologia que vociferaram antes de assumir o poder. JL
2-Narração: O narrador-personagem, que sempre se disse um revolucionário, quando assumiu o poder negou tudo o que pregou em seus comícios e discursos."
3-Crônica: Quem nunca muda de opinião é múmia ou estátua. JL
Paulo Francis (1930-1997), jornalista e escritor.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: Os ideólogos não passam de chatos e pretensiosos que, na primeira oportunidade, negam na prática toda a ideologia que vociferaram antes de assumir o poder. JL
2-Narração: O narrador-personagem, que sempre se disse um revolucionário, quando assumiu o poder negou tudo o que pregou em seus comícios e discursos."
3-Crônica: Quem nunca muda de opinião é múmia ou estátua. JL
FRASE REFLEXIVA
"Se a maioria de nós valorizasse mais a comida, a alegria e a música do que o vil ouro, viveríamos num mundo melhor."
John Ronald Tolkien (1892-1973), filósofo e escritor inglês.
Propostas temáticas:
1-Dissertação a partir da frase do filósofo John Tolkien.
2-Carta a um amigo com poucos recursos financeiros, mas alegre e feliz, perguntando a ele o segredo desse estado de espírito. O autor da carta pertence a uma família com grandes posses, mas que vive sempre envolvida em conflitos.
3-Crônica: Como viver em um mundo mais divertido?
John Ronald Tolkien (1892-1973), filósofo e escritor inglês.
Propostas temáticas:
1-Dissertação a partir da frase do filósofo John Tolkien.
2-Carta a um amigo com poucos recursos financeiros, mas alegre e feliz, perguntando a ele o segredo desse estado de espírito. O autor da carta pertence a uma família com grandes posses, mas que vive sempre envolvida em conflitos.
3-Crônica: Como viver em um mundo mais divertido?
TARIFA MUITO CARA
Manchete da Folha de São Paulo de hoje trouxe: " Tarifa de celular é a segunda maior do mundo. "
Comentário meu: somos vice-campeões mundiais em tarifa de celular. Grande vantagem. Perdemos só da África do Sul e pagamos mais de 4 vezes acima do que pagam os norte-americanos. Que luxo!
Propostas temáticas:
1-Dissertação: A nossa internet é uma das mais caras do mundo, a tarifa de celular é a segunda mais cara. Por que temos que pagar tanto para termos acesso à tecnologia?
2-Narração: O narrador-personagem conta o seu drama: desempregado, não conseguiu pagar conta de luz, de água, de internet e de celular, ficando completamente ilhado com a família na sua casa sem tecnologia e sem energia.
3-Crônica: Pagamos altos impostos e, em consequência disso, também pagamos tarifas muito altas para aliviar as operadoras, que afirmam não conseguir pagar tantos impostos sem repassar ao consumidor. O título da crônica é: Quem nos alivia?
Comentário meu: somos vice-campeões mundiais em tarifa de celular. Grande vantagem. Perdemos só da África do Sul e pagamos mais de 4 vezes acima do que pagam os norte-americanos. Que luxo!
Propostas temáticas:
1-Dissertação: A nossa internet é uma das mais caras do mundo, a tarifa de celular é a segunda mais cara. Por que temos que pagar tanto para termos acesso à tecnologia?
2-Narração: O narrador-personagem conta o seu drama: desempregado, não conseguiu pagar conta de luz, de água, de internet e de celular, ficando completamente ilhado com a família na sua casa sem tecnologia e sem energia.
3-Crônica: Pagamos altos impostos e, em consequência disso, também pagamos tarifas muito altas para aliviar as operadoras, que afirmam não conseguir pagar tantos impostos sem repassar ao consumidor. O título da crônica é: Quem nos alivia?
domingo, 7 de fevereiro de 2010
A OBRA DE ARTE MAIS CARA DO MUNDO
Na semana passada, a escultura O Homem Caminhando I, do suíço Alberto Giacometti, foi arrematada por 104,3 milhões de dólares, em Londres. É o mais alto preço já pago por uma obra de arte num leilão. O recorde anterior pertencia a uma tela de Pablo Picasso,Menino com Cachimbo, vendida por 104,1 milhões de dólares em Nova York, em 2004.
Fonte: revista Veja
Foto: Emmanuel Dunand/ AFP
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O valor da arte. Analise o valor da arte como expressão do artista e como valor no mercado, chegando a níveis surpreendentes.
2-Narração: O narrador-personagem conta que fazia desenhos e os vendia em uma praça, se maiores pretensões. Um dia foi descoberto por um dono de galeria, que o transformou em um artista famoso. O conflito desse artista reside na sua dificuldade de lidar com a fama.
3-Crônica: Utilize esta frase no decorrer da crônica: Há tantos bons artistas que nunca conseguem vender os seus quadros e esculturas.
Fonte: revista Veja
Foto: Emmanuel Dunand/ AFP
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O valor da arte. Analise o valor da arte como expressão do artista e como valor no mercado, chegando a níveis surpreendentes.
2-Narração: O narrador-personagem conta que fazia desenhos e os vendia em uma praça, se maiores pretensões. Um dia foi descoberto por um dono de galeria, que o transformou em um artista famoso. O conflito desse artista reside na sua dificuldade de lidar com a fama.
3-Crônica: Utilize esta frase no decorrer da crônica: Há tantos bons artistas que nunca conseguem vender os seus quadros e esculturas.
O QUE É GASTAR BEM?
GASTAR BEM
JAIME LEITÃO
Eu estava pensando agora: o que é gastar bem? Começo agora a refletir sobre o tema. Gastar bem é usufruir dos recursos que possuímos sem assumir dívidas que não poderão ser cumpridas. Na teoria, parece fácil. Na prática, muita gente se enrola, ou por gastar demais, sem planejar, ou porque despesas inesperadas são assumidas ao longo do mês, e por não estarem programadas, complicam o orçamento.
Gastar bem não é gastar muito, mas gastar com responsabilidade. O cartão de crédito nesse sentido é uma tentação que pode nos levar a gastar mal. Ultimamente, muitas pessoas vêm preferindo utilizar o cartão de débito. A despesa cai na conta automaticamente e o impacto é sentido na hora, não no mês seguinte, com um montante maior do que se esperava por falta de se organizar.
Essa idéia de gastar bem tem relação também com as prioridades. Gastar com educação, saúde, lazer são investimentos que valem a pena. Porque nos trazem benefícios a curto, a médio e a longo prazo. Já ir no piloto automático comprando tudo que vemos pela frente para combater o tédio é gastar mal, com conseqüências desastrosas. Quantas roupas são adquiridas e nunca saem do armário. Muitos não resistem a esse impulso. Já há até tratamento para essa compulsão que causa sensações desagradáveis e um sentimento de culpa em quem preenche as suas angústias e carências enchendo as sacolas de compras.
Quando vamos a um bom restaurante, comemos bem, tomamos um bom vinho, com uma companhia agradável, gastamos bem. E não vamos repetir essa extravagância sempre. Se for possível, colocá-la na nossa programação mensal ou bimestral, sem nos enforcarmos no final do mês, compensa. Mesma coisa viagem. Dentro do possível, é bom demais porque nos renova.
Há quem invista muito no patrimônio, compre muitos imóveis e que, na hora de viajar ou de ir a um restaurante, não vai porque o dinheiro está praticamente todo investido.
Penso que quem gasta dessa forma, sem separar uma parte para o seu prazer, também está gastando mal, só vendo um lado: está garantindo o futuro, mas como fica o presente? O presente está aqui e não pode ser negligenciado. Temos que gastá-lo bem na sua efemeridade.
Chego finalmente ao governo. Geralmente o governo gasta muito mal. Contrata funcionários de confiança demais, incha a máquina e confunde as prioridades, investindo muito em marketing, propaganda, em megaeventos e pouco naquilo que poderia fazer a diferença e melhorar a vida da população. Quando chegará o dia em que as administrações públicas gastarão de forma racional, com resultados visíveis?E o tempo? Gastar bem o tempo significa utilizá-lo produzindo, mas também aproveitando-o para as mais diversificadas atividades. Saber lidar com o tempo é o nosso grande desafio, talvez o mais difícil de todos.
Bom domingo.
Gastando o tempo da melhor maneira.
Propostas temáticas:
1-Narração que tenha como título: O homem que gastou mal o tempo.
2-Dissertação: O que é gastar o tempo da melhor maneira?
3-Narração: O narrador-personagem conta como foi a sua experiência de ganhar mais de 20 milhões de reais na loteria e de gastar tudo em poucos meses. Trabalhe o conflito do personagem.
4-Crônica: A vida nos traz gastos e desgastes permanentes.
5-Carta: Escreva uma carta como se fosse uma mulher escrevendo ao ex-marido pedindo desculpas por ter gasto uma fortuna em cartões de crédito e tê-lo levado à ruína.
JAIME LEITÃO
Eu estava pensando agora: o que é gastar bem? Começo agora a refletir sobre o tema. Gastar bem é usufruir dos recursos que possuímos sem assumir dívidas que não poderão ser cumpridas. Na teoria, parece fácil. Na prática, muita gente se enrola, ou por gastar demais, sem planejar, ou porque despesas inesperadas são assumidas ao longo do mês, e por não estarem programadas, complicam o orçamento.
Gastar bem não é gastar muito, mas gastar com responsabilidade. O cartão de crédito nesse sentido é uma tentação que pode nos levar a gastar mal. Ultimamente, muitas pessoas vêm preferindo utilizar o cartão de débito. A despesa cai na conta automaticamente e o impacto é sentido na hora, não no mês seguinte, com um montante maior do que se esperava por falta de se organizar.
Essa idéia de gastar bem tem relação também com as prioridades. Gastar com educação, saúde, lazer são investimentos que valem a pena. Porque nos trazem benefícios a curto, a médio e a longo prazo. Já ir no piloto automático comprando tudo que vemos pela frente para combater o tédio é gastar mal, com conseqüências desastrosas. Quantas roupas são adquiridas e nunca saem do armário. Muitos não resistem a esse impulso. Já há até tratamento para essa compulsão que causa sensações desagradáveis e um sentimento de culpa em quem preenche as suas angústias e carências enchendo as sacolas de compras.
Quando vamos a um bom restaurante, comemos bem, tomamos um bom vinho, com uma companhia agradável, gastamos bem. E não vamos repetir essa extravagância sempre. Se for possível, colocá-la na nossa programação mensal ou bimestral, sem nos enforcarmos no final do mês, compensa. Mesma coisa viagem. Dentro do possível, é bom demais porque nos renova.
Há quem invista muito no patrimônio, compre muitos imóveis e que, na hora de viajar ou de ir a um restaurante, não vai porque o dinheiro está praticamente todo investido.
Penso que quem gasta dessa forma, sem separar uma parte para o seu prazer, também está gastando mal, só vendo um lado: está garantindo o futuro, mas como fica o presente? O presente está aqui e não pode ser negligenciado. Temos que gastá-lo bem na sua efemeridade.
Chego finalmente ao governo. Geralmente o governo gasta muito mal. Contrata funcionários de confiança demais, incha a máquina e confunde as prioridades, investindo muito em marketing, propaganda, em megaeventos e pouco naquilo que poderia fazer a diferença e melhorar a vida da população. Quando chegará o dia em que as administrações públicas gastarão de forma racional, com resultados visíveis?E o tempo? Gastar bem o tempo significa utilizá-lo produzindo, mas também aproveitando-o para as mais diversificadas atividades. Saber lidar com o tempo é o nosso grande desafio, talvez o mais difícil de todos.
Bom domingo.
Gastando o tempo da melhor maneira.
Propostas temáticas:
1-Narração que tenha como título: O homem que gastou mal o tempo.
2-Dissertação: O que é gastar o tempo da melhor maneira?
3-Narração: O narrador-personagem conta como foi a sua experiência de ganhar mais de 20 milhões de reais na loteria e de gastar tudo em poucos meses. Trabalhe o conflito do personagem.
4-Crônica: A vida nos traz gastos e desgastes permanentes.
5-Carta: Escreva uma carta como se fosse uma mulher escrevendo ao ex-marido pedindo desculpas por ter gasto uma fortuna em cartões de crédito e tê-lo levado à ruína.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
FRASE REVELADORA
"Vou ficar sentada no plenário fazendo o quê? O plenário e nada é a mesma coisa".
Marina Maggessi, deputada federal do PPS, justificando as suas 53 faltas ao Congresso no ano passado.
Propostas temáticas:
1-Dissertação a partir da afirmação da deputada Marina Magressi: "O plenário e nada é a mesma coisa."
2-Narração: O protagonista é um deputado que conta para um amigo como é divertido exercer esse cargo.
3-Carta endereçada à deputada Marina Magressi condenando as faltas da deputada e questionando por que ela não renuncia ou, pelo menos, não tenta valorizar um pouco a função que exerce.
Marina Maggessi, deputada federal do PPS, justificando as suas 53 faltas ao Congresso no ano passado.
Propostas temáticas:
1-Dissertação a partir da afirmação da deputada Marina Magressi: "O plenário e nada é a mesma coisa."
2-Narração: O protagonista é um deputado que conta para um amigo como é divertido exercer esse cargo.
3-Carta endereçada à deputada Marina Magressi condenando as faltas da deputada e questionando por que ela não renuncia ou, pelo menos, não tenta valorizar um pouco a função que exerce.
FRASE POLÊMICA
"A vida militar se reveste de características que podem não se enquadrar com os homossexuais. A tropa não obedece indivíduos desse tipo."
Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, general, ao ser sabatinado no Senado para o preenchimento de vaga do Supremo Tribunal Militar.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: Homossexuais devem ser admitidos nas Forças Armadas?
2-Narração: O protagonista conta as humilhações que sofreu nas Forças Armadas por ser homossexual.
3-Crônica: Homssexuais nas Forças Armadas? Qual é o problema?
Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, general, ao ser sabatinado no Senado para o preenchimento de vaga do Supremo Tribunal Militar.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: Homossexuais devem ser admitidos nas Forças Armadas?
2-Narração: O protagonista conta as humilhações que sofreu nas Forças Armadas por ser homossexual.
3-Crônica: Homssexuais nas Forças Armadas? Qual é o problema?
BOLSAS EM QUEDA
A ECONOMIA TREME
JAIME LEITÃO
O terreno no qual está assentada a economia mundial é muito fofo e treme ao menor sinal de instabilidade em qualquer ponto do planeta. Não existe economia sólida a ponto de não sofrer abalos. Bastou os especuladores lançarem no mercado dúvidas sobre as economias da Grécia, da Espanha e de Portugal, que as principais Bolsas do planeta caíram sensivelmente na quinta-feira e ontem. E isso provocou um pânico geral.
Depois de uma pneumonia, como foi a crise econômica de 2009, qualquer tosse ou resfriado assusta e já contamina todo o sistema. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não fugiu à regra e sofreu com quedas fortes nas suas ações, principalmente na quinta, quando caiu 4,73%.
Outro fator desencadeador dessa turbulência generalizada foram informações desencontradas sobre as taxas de emprego nos Estados Unidos. A economia norte-americana dá uma tremida, o reflexo chega rápido aqui e a outros países conectados com investidores internacionais que, quando sentem que a crise está no ar, deixam de investir nas economias consideradas saudáveis, como a nossa.
Ainda não dá para avaliar o tamanho da perda para as empresas nacionais, mas ela não foi pequena. Se irá continuar a crescer, tudo dependerá do movimento do mercado de ações nos próximos dias e semanas.
O pavor gerado pela possibilidade de os governos da Grécia, Portugal e Espanha não cumprirem os seus compromissos de austeridade fiscal causa uma sensação de insegurança que respinga em todos os países.
Para piorar um pouco a situação, o anúncio da inflação de janeiro, bem maior do que a dezembro de 2009, coloca o Banco Central em alerta e aguçando a sua voracidade para aumentar os juros. Com o aumento dos mesmos, que também poderá ocorrer nos principais países da Europa, o crescimento econômico global sofrerá uma freada imprópria, já que a fase indicava aceleração. Desacelerar de repente, sem usar cinto de segurança, pode provocar acidentes com ferimentos graves de difícil cicatrização.
A economia se parece o clima deste verão, sujeita à instabilidade, com trovoadas e inundações, em diversos lugares. Ainda é necessário avaliar o que pesará mais, o período de poucas nuvens ou de chuvas que derrubam árvores, encostas e soterram casas e moradores.
O momento não é de pessimismo nem de otimismo inconseqüente, mas de acompanhamento atento dos próximos passos e movimentos das Bolsas, torcendo para que a especulação não tome o lugar do bom senso e não provoque estragos que poderão ser evitados.
As Bolsas precisam de fôlego, não dá para se manter com tão pouco ar, o que sufocará os investimentos e impedirá o crescimento dos negócios e do emprego. Com retração no mercado, tudo retrai: os empregos, os salários, as oportunidades. Que a semana comece com ânimo novo, não com o desânimo dos últimos dias.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: A economia mundial em estado de alerta.
2-Narração: O narrador-personagem conta como ficou a sua vida depois da crise econômica de 2009, após ter perdido milhões de reais em ações na Bolsa.
3-Crônica: Outra crise de novo? Ou será a mesma?
JAIME LEITÃO
O terreno no qual está assentada a economia mundial é muito fofo e treme ao menor sinal de instabilidade em qualquer ponto do planeta. Não existe economia sólida a ponto de não sofrer abalos. Bastou os especuladores lançarem no mercado dúvidas sobre as economias da Grécia, da Espanha e de Portugal, que as principais Bolsas do planeta caíram sensivelmente na quinta-feira e ontem. E isso provocou um pânico geral.
Depois de uma pneumonia, como foi a crise econômica de 2009, qualquer tosse ou resfriado assusta e já contamina todo o sistema. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não fugiu à regra e sofreu com quedas fortes nas suas ações, principalmente na quinta, quando caiu 4,73%.
Outro fator desencadeador dessa turbulência generalizada foram informações desencontradas sobre as taxas de emprego nos Estados Unidos. A economia norte-americana dá uma tremida, o reflexo chega rápido aqui e a outros países conectados com investidores internacionais que, quando sentem que a crise está no ar, deixam de investir nas economias consideradas saudáveis, como a nossa.
Ainda não dá para avaliar o tamanho da perda para as empresas nacionais, mas ela não foi pequena. Se irá continuar a crescer, tudo dependerá do movimento do mercado de ações nos próximos dias e semanas.
O pavor gerado pela possibilidade de os governos da Grécia, Portugal e Espanha não cumprirem os seus compromissos de austeridade fiscal causa uma sensação de insegurança que respinga em todos os países.
Para piorar um pouco a situação, o anúncio da inflação de janeiro, bem maior do que a dezembro de 2009, coloca o Banco Central em alerta e aguçando a sua voracidade para aumentar os juros. Com o aumento dos mesmos, que também poderá ocorrer nos principais países da Europa, o crescimento econômico global sofrerá uma freada imprópria, já que a fase indicava aceleração. Desacelerar de repente, sem usar cinto de segurança, pode provocar acidentes com ferimentos graves de difícil cicatrização.
A economia se parece o clima deste verão, sujeita à instabilidade, com trovoadas e inundações, em diversos lugares. Ainda é necessário avaliar o que pesará mais, o período de poucas nuvens ou de chuvas que derrubam árvores, encostas e soterram casas e moradores.
O momento não é de pessimismo nem de otimismo inconseqüente, mas de acompanhamento atento dos próximos passos e movimentos das Bolsas, torcendo para que a especulação não tome o lugar do bom senso e não provoque estragos que poderão ser evitados.
As Bolsas precisam de fôlego, não dá para se manter com tão pouco ar, o que sufocará os investimentos e impedirá o crescimento dos negócios e do emprego. Com retração no mercado, tudo retrai: os empregos, os salários, as oportunidades. Que a semana comece com ânimo novo, não com o desânimo dos últimos dias.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: A economia mundial em estado de alerta.
2-Narração: O narrador-personagem conta como ficou a sua vida depois da crise econômica de 2009, após ter perdido milhões de reais em ações na Bolsa.
3-Crônica: Outra crise de novo? Ou será a mesma?
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
O GOVERNO GASTA BEM?
BILHÕES E MAIS BILHÕES
JAIME LEITÃO
Chegou ao fim a novela da compra dos 36 aviões de caça pelo governo brasileiro. A empresa francesa Dassault abaixou o preço em 2 bilhões, de 8, 2 para 6, 2, assim mesmo o preço dos aviões ficou 1 bi e 700 mi acima dos caças suecos, que foram recomendados pela FAB (Força Aérea Brasileira) ao governo, que não acatou o parecer técnico.
Se os aviões são para uso da FAB, seria normal que os suecos fossem adquiridos, se são mais baratos e melhores. Na lógica que analisa a relação custo/benefício é perfeito esse raciocínio, mas há outros interesses, políticos, estratégicos e mercadológicos, que se sobrepõem à técnica e ao preço.
O governo já havia decidido há um ano pelos caças franceses. Depois de toda a pressão da opinião pública, é que foram apresentadas as propostas das empresas norte-americana e sueca. Mas tudo pró-forma. Estenderam a novela, mas o desfecho era mais do que conhecido: os franceses iriam ser os escolhidos. E foram. O final foi feliz para a França, para a Dassault, para Lula e para o ministro da Defesa Nelson Jobim, já para o país e a sua complexa realidade, tudo indica que não.
Há várias perguntas a serem feitas em relação ao negócio: Para que comprar de uma vez tantos caças? E por que colocar outros interesses acima da relação qualidade/preço?
Não bastassem os bilhões para a compra dos caças, leio agora que dos R$ 5,342 bilhões que serão gastos com construções e reformas de estádios para a Copa de 2014 no Brasil, 94% serão bancados pelo Poder Público, o que representa quase 5 bi. Mas não foi o próprio presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira que afirmou há dois anos que a Copa de 14 seria o Mundial da iniciativa privada? Por que mudou? E também há dois anos a previsão dos gastos de reforma dos estádios era bem menor do que o orçamento de 2010. Houve uma alta de 167% no cálculo dos gastos. Que salto absurdo esse. Não houve nenhuma inflação que justificasse tamanho reajuste. Calcularam errado antes? Outra pergunta a ser feita: até 2014, para quanto irão subir essas despesas?O problema de gastos de tantos bilhões nos caças e nas arenas para a Copa é que outras obras essenciais deverão ser mais uma vez prejudicadas. Saúde, educação, segurança ficam mais uma vez em segundo ou terceiro plano.
A nossa segurança nas fronteiras ficará teoricamente garantida, com aviões de última ou penúltima geração, mas a interna, da falta de estrutura das polícias para combater o crime organizado, essa ficará para mais tarde. Ou não? Espero que não, mas bilhões não dão em árvore, que possam aparecer de uma hora para outra para nos livrar de todas as nossas carências.
Leio sobre assaltos que não param, hospitais com falta de médicos, escolas com falta de professores, mas a reforma dos estádios e os caças estão garantidos. Viva o desenvolvimento! Somos um país que avança cada vez mais.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O governo gasta bem?
2-Narração: O narrador-personagem gastou muito mal a sua fortuna. Mostre no texto as consequências.
3-Crônica: Se o governo utilizasse os seus recursos melhor... (continue o texto)
4-Carta ao presidente Lula, pedindo que ele utilize melhor os recursos.
5-Dissertação: O desperdício no Brasil está em praticamente todos os lugares.
JAIME LEITÃO
Chegou ao fim a novela da compra dos 36 aviões de caça pelo governo brasileiro. A empresa francesa Dassault abaixou o preço em 2 bilhões, de 8, 2 para 6, 2, assim mesmo o preço dos aviões ficou 1 bi e 700 mi acima dos caças suecos, que foram recomendados pela FAB (Força Aérea Brasileira) ao governo, que não acatou o parecer técnico.
Se os aviões são para uso da FAB, seria normal que os suecos fossem adquiridos, se são mais baratos e melhores. Na lógica que analisa a relação custo/benefício é perfeito esse raciocínio, mas há outros interesses, políticos, estratégicos e mercadológicos, que se sobrepõem à técnica e ao preço.
O governo já havia decidido há um ano pelos caças franceses. Depois de toda a pressão da opinião pública, é que foram apresentadas as propostas das empresas norte-americana e sueca. Mas tudo pró-forma. Estenderam a novela, mas o desfecho era mais do que conhecido: os franceses iriam ser os escolhidos. E foram. O final foi feliz para a França, para a Dassault, para Lula e para o ministro da Defesa Nelson Jobim, já para o país e a sua complexa realidade, tudo indica que não.
Há várias perguntas a serem feitas em relação ao negócio: Para que comprar de uma vez tantos caças? E por que colocar outros interesses acima da relação qualidade/preço?
Não bastassem os bilhões para a compra dos caças, leio agora que dos R$ 5,342 bilhões que serão gastos com construções e reformas de estádios para a Copa de 2014 no Brasil, 94% serão bancados pelo Poder Público, o que representa quase 5 bi. Mas não foi o próprio presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira que afirmou há dois anos que a Copa de 14 seria o Mundial da iniciativa privada? Por que mudou? E também há dois anos a previsão dos gastos de reforma dos estádios era bem menor do que o orçamento de 2010. Houve uma alta de 167% no cálculo dos gastos. Que salto absurdo esse. Não houve nenhuma inflação que justificasse tamanho reajuste. Calcularam errado antes? Outra pergunta a ser feita: até 2014, para quanto irão subir essas despesas?O problema de gastos de tantos bilhões nos caças e nas arenas para a Copa é que outras obras essenciais deverão ser mais uma vez prejudicadas. Saúde, educação, segurança ficam mais uma vez em segundo ou terceiro plano.
A nossa segurança nas fronteiras ficará teoricamente garantida, com aviões de última ou penúltima geração, mas a interna, da falta de estrutura das polícias para combater o crime organizado, essa ficará para mais tarde. Ou não? Espero que não, mas bilhões não dão em árvore, que possam aparecer de uma hora para outra para nos livrar de todas as nossas carências.
Leio sobre assaltos que não param, hospitais com falta de médicos, escolas com falta de professores, mas a reforma dos estádios e os caças estão garantidos. Viva o desenvolvimento! Somos um país que avança cada vez mais.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O governo gasta bem?
2-Narração: O narrador-personagem gastou muito mal a sua fortuna. Mostre no texto as consequências.
3-Crônica: Se o governo utilizasse os seus recursos melhor... (continue o texto)
4-Carta ao presidente Lula, pedindo que ele utilize melhor os recursos.
5-Dissertação: O desperdício no Brasil está em praticamente todos os lugares.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
O TROTE VIOLENTO
SELVAGENS URBANOS
JAIME LEITÃO
Selvagens só deveriam ser encontrados na selva. A própria palavra nos remete a essa idéia. Mas hoje é mais fácil encontrar selvagens no espaço urbano do que na selva.
Pelo menos é o que parece pelos acontecimentos que temos observado.
Assaltantes em cidades dos mais variados portes, além de roubar, costumam agredir as vítimas com selvageria. É isso. Coisa de selvagem, mas nunca moraram na selva.
Hoje, vi na televisão um relato de mais uma cena praticada pelos selvagens urbanos. Um estudante que acabou de ingressar no curso de veterinária da Unicastelo, em Fernandópolis, foi selvagemente forçado a beber cerveja, cachaça e álcool combustível, além de ser estapeado pelos veteranos . Entrou em coma alcoólico e ficou traumatizado de uma tal forma que dificilmente terá condições psicológicas de estudar nessa universidade.
Alguns dias antes, um estudante de 15 anos, que havia sido aprovado para entrar no Colégio Naval em Angra dos Reis, foi, segundo os seus familiares, submetido a trotes violentos, tanto físicos quanto psicológicos, que provocaram o seu internamento em um hospital psiquiátrico. A denúncia é que veteranos e oficiais teriam participado desses maus-tratos. Trotes em escolas militares não são novidade. Há até estudos antropológicos e teses sobre o tema, mas eles continuam a ocorrer.
Entra fevereiro, as aulas têm início em muitas universidades e, com elas, começam as temporadas de trotes imbecis, primários, que consistem em obrigar os calouros a rolar na lama, a nadar mesmo sem saber, a tomar banho de óleo e a beber cachaça e até álcool para veículos.
Muitas universidades proibiram o trote selvagem, primitivo, e adotaram o trote cultural e solidário, mas enquanto os praticantes dessa ação sórdida não forem punidos com a expulsão e um processo-crime, os veteranos de várias faculdades romperão o cerco e continuarão agredindo quem deveria ser recebido da melhor maneira porque esse período representa uma mudança significativa na vida desses estudantes.
É um ritual de passagem, mas que tenha brincadeiras, encenações, espetáculos de mímica, gincanas criativas, para marcar positivamente esse momento. Chega de suportar violência gratuita. Como confiar no futuro em profissionais que agem como se fossem trogloditas, dispostos a até a matar, por brincadeirinha? Se algo mais grave acontecer, dirão ao delegado: “Estávamos só nos divertindo um pouco, doutor.”Diversão com prejuízo da saúde física e mental alheia não é diversão, mas agressão e, num nível mais agudo, tentativa de homicídio, o que prevê pena de prisão. Pelo menos isso deveria acontecer se as leis no nosso País fossem realmente cumpridas. Infelizmente, impunidade é uma palavra que circula livre no Brasil, principalmente quando envolve pessoas endinheiradas.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O trote troglodita.
2-Narração: O narrador-personagem conta as humilhações e violências que sofreu logo que chegou à faculdade no primeiro dia de aula.
3-Carta argumentativa: ao reitor da universidade em que o seu filho acabou de ingressar, protestando contra o trote violento a que ele foi submetido. Use a máscara, identificando-se como a mãe do aluno.
4-Crônica: Trote poderia ser um evento mais criativo e interessante.
5-Dissertação: Impunidade para quem tem uma condição econômica privilegiada.
JAIME LEITÃO
Selvagens só deveriam ser encontrados na selva. A própria palavra nos remete a essa idéia. Mas hoje é mais fácil encontrar selvagens no espaço urbano do que na selva.
Pelo menos é o que parece pelos acontecimentos que temos observado.
Assaltantes em cidades dos mais variados portes, além de roubar, costumam agredir as vítimas com selvageria. É isso. Coisa de selvagem, mas nunca moraram na selva.
Hoje, vi na televisão um relato de mais uma cena praticada pelos selvagens urbanos. Um estudante que acabou de ingressar no curso de veterinária da Unicastelo, em Fernandópolis, foi selvagemente forçado a beber cerveja, cachaça e álcool combustível, além de ser estapeado pelos veteranos . Entrou em coma alcoólico e ficou traumatizado de uma tal forma que dificilmente terá condições psicológicas de estudar nessa universidade.
Alguns dias antes, um estudante de 15 anos, que havia sido aprovado para entrar no Colégio Naval em Angra dos Reis, foi, segundo os seus familiares, submetido a trotes violentos, tanto físicos quanto psicológicos, que provocaram o seu internamento em um hospital psiquiátrico. A denúncia é que veteranos e oficiais teriam participado desses maus-tratos. Trotes em escolas militares não são novidade. Há até estudos antropológicos e teses sobre o tema, mas eles continuam a ocorrer.
Entra fevereiro, as aulas têm início em muitas universidades e, com elas, começam as temporadas de trotes imbecis, primários, que consistem em obrigar os calouros a rolar na lama, a nadar mesmo sem saber, a tomar banho de óleo e a beber cachaça e até álcool para veículos.
Muitas universidades proibiram o trote selvagem, primitivo, e adotaram o trote cultural e solidário, mas enquanto os praticantes dessa ação sórdida não forem punidos com a expulsão e um processo-crime, os veteranos de várias faculdades romperão o cerco e continuarão agredindo quem deveria ser recebido da melhor maneira porque esse período representa uma mudança significativa na vida desses estudantes.
É um ritual de passagem, mas que tenha brincadeiras, encenações, espetáculos de mímica, gincanas criativas, para marcar positivamente esse momento. Chega de suportar violência gratuita. Como confiar no futuro em profissionais que agem como se fossem trogloditas, dispostos a até a matar, por brincadeirinha? Se algo mais grave acontecer, dirão ao delegado: “Estávamos só nos divertindo um pouco, doutor.”Diversão com prejuízo da saúde física e mental alheia não é diversão, mas agressão e, num nível mais agudo, tentativa de homicídio, o que prevê pena de prisão. Pelo menos isso deveria acontecer se as leis no nosso País fossem realmente cumpridas. Infelizmente, impunidade é uma palavra que circula livre no Brasil, principalmente quando envolve pessoas endinheiradas.
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O trote troglodita.
2-Narração: O narrador-personagem conta as humilhações e violências que sofreu logo que chegou à faculdade no primeiro dia de aula.
3-Carta argumentativa: ao reitor da universidade em que o seu filho acabou de ingressar, protestando contra o trote violento a que ele foi submetido. Use a máscara, identificando-se como a mãe do aluno.
4-Crônica: Trote poderia ser um evento mais criativo e interessante.
5-Dissertação: Impunidade para quem tem uma condição econômica privilegiada.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
O USO DA BURKA
Mulheres iranianas com burka Fonte:
blog http://www.operationitch.files.wordpress.com/
blog http://www.operationitch.files.wordpress.com/
A Burka - liberdade e opressão
O uso da Burka, ou traje similar, está em vias de ser proibido em alguns lugares públicos em França. A Turquia, país de maioria islamica, proíbe-o em qualquer local público.Em Portugal parece não haver legislação sobre a matéria. Porém, muitos dos que dizem condenar veementemente o uso daqueles trajes, estão contra a legislação francesa que visa limitar o seu uso. Ou seja, são contra o uso da Burka porque representa uma violência sobre as mulheres, mas não reconhecem ao estado o direito de o proibir, porque viola a liberdade individual de a usar.Isto é um sofisma. Se se considera violência obrigar as mulheres a usar Burka, o que acontece em alguns países, ao permitir o seu uso dentro das suas fronteiras, os países democráticos estão a fechar os olhos à opressão que está na sua génese. A Burka é um símbolo de opressão, não de liberdade. Isto é insofismável.A dar razão aos que entendem que os países democráticos não podem proibir o uso da Burka, legitimam-se os que obrigam as mulheres a usá-la.
O uso da Burka, ou traje similar, está em vias de ser proibido em alguns lugares públicos em França. A Turquia, país de maioria islamica, proíbe-o em qualquer local público.Em Portugal parece não haver legislação sobre a matéria. Porém, muitos dos que dizem condenar veementemente o uso daqueles trajes, estão contra a legislação francesa que visa limitar o seu uso. Ou seja, são contra o uso da Burka porque representa uma violência sobre as mulheres, mas não reconhecem ao estado o direito de o proibir, porque viola a liberdade individual de a usar.Isto é um sofisma. Se se considera violência obrigar as mulheres a usar Burka, o que acontece em alguns países, ao permitir o seu uso dentro das suas fronteiras, os países democráticos estão a fechar os olhos à opressão que está na sua génese. A Burka é um símbolo de opressão, não de liberdade. Isto é insofismável.A dar razão aos que entendem que os países democráticos não podem proibir o uso da Burka, legitimam-se os que obrigam as mulheres a usá-la.
A Burka - liberdade e opressão
O uso da Burka, ou traje similar, está em vias de ser proibido em alguns lugares públicos em França. A Turquia, país de maioria islamica, proíbe-o em qualquer local público.Em Portugal parece não haver legislação sobre a matéria. Porém, muitos dos que dizem condenar veementemente o uso daqueles trajes, estão contra a legislação francesa que visa limitar o seu uso. Ou seja, são contra o uso da Burka porque representa uma violência sobre as mulheres, mas não reconhecem ao estado o direito de o proibir, porque viola a liberdade individual de a usar.Isto é um sofisma. Se se considera violência obrigar as mulheres a usar Burka, o que acontece em alguns países, ao permitir o seu uso dentro das suas fronteiras, os países democráticos estão a fechar os olhos à opressão que está na sua génese. A Burka é um símbolo de opressão, não de liberdade. Isto é insofismável.A dar razão aos que entendem que os países democráticos não podem proibir o uso da Burka, legitimam-se os que obrigam as mulheres a usá-la.
José Ferreira Marques
Portugal
1 de fevereiro de 2010
http://www.formaeconteudo.blogspot.com/
Propostas temáticas:
O uso da Burka, ou traje similar, está em vias de ser proibido em alguns lugares públicos em França. A Turquia, país de maioria islamica, proíbe-o em qualquer local público.Em Portugal parece não haver legislação sobre a matéria. Porém, muitos dos que dizem condenar veementemente o uso daqueles trajes, estão contra a legislação francesa que visa limitar o seu uso. Ou seja, são contra o uso da Burka porque representa uma violência sobre as mulheres, mas não reconhecem ao estado o direito de o proibir, porque viola a liberdade individual de a usar.Isto é um sofisma. Se se considera violência obrigar as mulheres a usar Burka, o que acontece em alguns países, ao permitir o seu uso dentro das suas fronteiras, os países democráticos estão a fechar os olhos à opressão que está na sua génese. A Burka é um símbolo de opressão, não de liberdade. Isto é insofismável.A dar razão aos que entendem que os países democráticos não podem proibir o uso da Burka, legitimam-se os que obrigam as mulheres a usá-la.
José Ferreira Marques
Portugal
1 de fevereiro de 2010
http://www.formaeconteudo.blogspot.com/
Propostas temáticas:
1-Dissertação: O uso da burka deve ser proibido em locais públicos?
2-Crônica: A burka e o celular.
3-Dissertação: Toda mudança em uma cultura deve acontecer de dentro para fora, não de fora para dentro.
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